Schuback
Se, ao invés da palavra negativa “o que a cada vez já não declina” e de sua decorrência, “o que nunca declina”, utilizarmos a versão afirmativa “o surgimento incessante”, fazemos uso de um modo de dizer também possível na língua de Heráclito. Em grego “o surgimento incessante” é το άει φύον. Em lugar de tò φύον também se podería dizer ή φυσις, o que literalmente significa: surgir no sentido de provir do que se acha escondido, velado e encapsulado. (φυσις é a palavra fundamental no (…)
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Scheinen / Schein / Erscheinung …
Scheinen / paraître / aparentar / parecer ser / aparência / seeming / Schein / apparence / semblance / Erscheinung / apparition / manifestação / aparecimento / apariencia / appearance /Erscheinende / Erscheinen / Sichzeigen / sich zeigen / se-montrer / mostrar-se / mostrarse / self-showing / Zeigen / Zeigung / monstration / designation instrumentale / indicating / mostrar / assinalar / Unterscheidung / diferenciación / differentiation / diferenciação / Vorschein / Vor-schein
Le phénomène au sens d’apparition, n.p.c. avec Phänomen, celui-ci n’« apparaissant » pas (Martineau
Martineau
Emmanuel Martineau
EMMANUEL MARTINEAU (1946)
)
Chamamos de aparecer, parecer e aparência [Scheinen] a esse modo de mostrar-se, no qual o ente "se faz ver assim como…". (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972 28)
Os sinais são de imediato eles mesmos instrumentos, cujo específico caráter-de-instrumento (Zeugcharakter) consiste em mostrar (Zeigen).
Il est en fait écrit : « ein Phänomen konstitutiv ist ». Il faut comprendre, me semble-t-il, que pour qu’il y ait apparition, au sens indiqué ici, il faut bien, en tout état de cause, qu’un phénomène soit sous-jacent, autrement dit qu’il soit constitutif de l’apparition. Comme le dit Marlène Zarader Zarader
Marlène Zarader Marlène Zarader (1949) , l’apparition, comme l’apparence, présupposent le phénomène au sens strict où l’entend Heidegger. C’est d’ailleurs pourquoi on ne peut pas définir le phénomène à partir de ce qui découle de lui et c’est pourquoi les phénomènes ne sont jamais des apparitions (cf. alinéa 8). [Auxenfants Auxenfants
Jacques Auxenfants Jacques Auxenfants - tradutor em francês de Sein und Zeit ; ETJA GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972 :§7]
SCHEIN E CORRELATOS
Matérias
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GA55 (87-90): O que nunca declina (physis)
8 de março de 2018, por Cardoso de Castro -
Zahavi (2019:13-16) – o fenômeno (Phänomen)
8 de junho de 2023, por Cardoso de CastroZAHAVI, Dan. Fenomenologia para iniciantes. Tr. Marco Antonio Casanova. Rio de Janeiro: Via Verita, 2019, p.
Comecemos com uma primeira explicitação do conceito fenomenológico de fenômeno. Literalmente, fenomenologia significa a ciência dos fenômenos. Mas o que se precisa compreender, então, pela palavra fenômeno? Na linguagem corrente, ela costuma ser usada em oposição a outros conceitos: fenômeno versus essência, fenômeno versus efetividade física. O fenômeno é o modo como se mostra o (…) -
Taminiaux (1995b:195-199) – Édipo-Rei (II)
23 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
"Qual é então, qual é o homem, que compreende um Dasein mais domesticado e ajustado do que o necessário para se manter na aparência (Schein) para depois — como aparente (scheinender) — declinar (nomeadamente fora do se-tenir-franchement-debout-en soi-même)?" (GA40, 82; 120)
Que Heidegger comenta da seguinte forma: a aparência (das Scheinen) como um "desvio do ser (Abart des Seins) é a mesma coisa que a queda (das Verfallen). É um desvio do ser no sentido em que ser é estar de pé (…) -
Dufour-Kowalska (1980:38-40) – autonomia da essência
1º de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroO que é que significa a autonomia da ? Significa a realização da essência em si e por si mesma. Implica, portanto, o postulado da da essência. “A essência da manifestação (deve) ser capaz de se manifestar”, diz M. Henry [MHEM, 164]. Porque a essência se realiza em si e por si mesma, o fundamento da sua manifestação está nela própria e na estrutura que a define. O problema que agora se coloca é o seguinte, segundo a ordem das questões que levanta: como é possível a manifestação da essência (…)
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Abbagnano (1968) – A concepção da linguagem como manifestação do ser
11 de março, por Cardoso de CastroA linguagem não é o instrumento que o homem criou para se orientar entre as coisas, dominá-las e utilizá-las, para se comunicar com outros homens e expressar a si mesmo. É uma criação do Ser. Mas o que é o Ser? É Deus? É o Mundo? É algo intermediário entre Deus e o Mundo, um Absoluto, uma Natureza infinita? Heidegger se recusa a responder a essas perguntas; e Foucault faz o mesmo. Se perguntarmos: quem fala?, a resposta de Heidegger e de Foucault é a mesma: é a Palavra que fala, é a (…)
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Učník (2016:35-37) – o aparecimento e isso que aparece
1º de fevereiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
Assim, quando refletimos sobre o fenômeno puro, apercebemo-nos de que as cogitationes não são puro dado, como assumimos no início, mas já "escondem todo o tipo de transcendências" (IP, 67). Husserl apercebe-se de que "o aparecimento e o que aparece se sobrepõem um ao outro" (67; itálico no original). Temos tendência para nos concentrarmos na coisa, esquecendo que nenhuma coisa nos é dada de uma só vez e na sua totalidade. Como já foi referido, a coisa que experimentamos não é algo (…) -
Taminiaux (1995b:192-195) – Édipo-Rei (I)
23 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
[…] Em Heidegger, como foi o caso em Hegel, o enfoque deliberadamente metafísico da leitura [das tragédias gregas] leva à seleção de certos heróis e à elevação destes à categoria de efígies ontológicas: em Heidegger, o Prometeu de Ésquilo, testemunha da luta contra o superpoder do ser e o Édipo de Sófocles, encarnação da paixão da aletheia; em Hegel, Antígona e Creonte, testemunhas da contradição entre o objetivo especulativo da Sittlichkeit grega (identidade da consciência e do (…) -
GA67: Estrutura da Obra
22 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTradução brasileira de Marco Antonio Casanova
A SUPERAÇÃO DA METAFÍSICA
1. A Superação da metafísica
2. A Superação da metafísica
3. História do seer e Superação da metafísica
4. A Volatização (Verflüchtigung) do ser
5. A metafísica e o Predomínio do Ente. Impotência e Volatização do Seer
6. "Superação"
7. Para a Configuração do Texto
8. Para a Concepção Correta da Totalidade
9. A Superação da metafísica através do seer
10. A Superação enquanto História do seer
11. O (…) -
Marion (1998) – O último princípio
28 de outubro, por Cardoso de Castro**A demonstração metafísica e a mostra fenomenológica** - A oposição fundamental entre a demonstração, que caracteriza as ciências e a metafísica ao fundar a aparência no fundamento para conduzi-la à certeza, e o mostrar, que define a fenomenologia ao deixar a aparência aparecer para realizar a sua plena aparição e recebê-la tal como ela se dá. - A contestação do pretenso privilégio da visão na fenomenologia, argumentando que este cede frequentemente ao primado do toque ou da (…)
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GA40:189-193 — ser - idea - physis
4 de agosto de 2017, por Cardoso de CastroCarneiro Leão
No fim surge, como nome normativo e predominante do Ser, a palavra idea, eidos, “ideia”. Desde então a interpretação do Ser, como ideia, domina todo o pensar ocidental, por através da história de suas transformações, até os dias de hoje. Nessa proveniência está também fundado o fato de que, na conclusão grandiosa e final da primeira etapa do pensamento ocidental — a saber no sistema de Hegel — a realidade do real, o ser em sentido absoluto, foi concebido como “ideia” e assim (…) -
Marion (1998:§1) – tanto mais redução, tanto mais dação
21 de janeiro de 2024, por Cardoso de CastroJavier Bassas Vila
La regla que vincula por principio reducción y donación, aunque sólo aquí se formule en cuanto tal, puede identificarse literalmente desde Husserl. Mejor aún, el primer texto en el que [49] la reducción se impone impone también su conjunción con la donación: La idea de la fenomenología, la misma obra que, en 1907, pone en práctica por vez primera todas las figuras de la reducción, privilegia de igual manera con gran insistencia la donación. — Apuntemos algunos enunciados (…) -
GA15: ¿Qué significa "cuestión del ser"?
29 de janeiro de 2017, por Cardoso de CastroTraducción de Diego Tatián, publicada por Alción Editora, Córdoba, Argentina, 1995
¿Qué significa "cuestión del ser"? ¿Frage nach dem Sein? Cuando se dice "ser", esta palabra se comprende de antemano metafísicamente, es decir a partir de la metafísica. Ahora bien, en la metafísica y su tradición ser quiere decir: lo que determina al ente en cuanto ente; la cuestión del ser significa, pues, metafísicamente: cuestión del ente en cuanto ente; dicho de otro modo: cuestión del fundamento del (…) -
Dufour-Kowalska (1980:34-35) – manifestação do ser e representação
15 de março de 2022, por Cardoso de CastroQuando Fichte identifica a existência do ser com a representação, esta identificação tem um significado preciso: significa a identidade do processo que realiza a manifestação do ser com o processo de redobramento próprio da representação. Representar é tornar presente num representado. A representação é a própria essência da consciência, isto é, da manifestação do ser, da sua presença absoluta, porque o seu processo é o próprio processo pelo qual o ser, separando-se de si mesmo, opondo-se a (…)
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Patocka (1983:27-29) – tese individual e tese da totalidade universal
23 de novembro de 2023, por Cardoso de CastroLe fait de s’étendre dans l’espace est un caractère de l’étant comme tel, comme c’est un trait propre à l’espace que de former quelque chose comme un tout. Une fois de plus, le phénomène en tant que tel nous échappe. Les traits généraux de ce qui se montre, la structure spatiale et temporelle, sont des caractères de l’étant, de ce qui se montre, et non pas du se-montrer comme tel. Néanmoins, il y a là quelque chose qui mérite notre attention. Lorsque les choses singulières se manifestent, il (…)
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GA41: Esquema-resumo
28 de maio de 2017, por Cardoso de CastroÍndice e esquema da obra O QUE É UMA COISA?, visando reunir excertos, resumos, tópicos, palavras-chave, comentários e outros elementos.
-*Diversas maneiras de interrogar em direção da coisa I. Interrogação filosófica e interrogação científica Anedota em Platão sobre o questionamento filosófico, no Teeteto 174ss. A questão filosófica caracteriza a filosofia como "aquele pensar com o qual essencialmente nada se pode empreender e a respeito do qual os serventes não podem deixar de rir" II Os (…) -
GA14:79-82 – clareira e abertura
28 de maio de 2020, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. Martin Heidegger – Conferências e Escritos Filosóficos. Tradução e notas Ernildo Stein. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1999, p. 102-104
Ernildo Stein
Mas o que é que permanece impensado, tanto na questão da Filosofia como em seu método? A dialética especulativa é um modo como a questão da Filosofia chega a aparecer a partir de si mesma para si mesma, tornando-se assim presença. Um tal aparecer acontece necessariamente em uma certa claridade. Somente através dela (…) -
Fink (1966b:237-239) – Mas será que há alguém que joga?
11 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Mas será que há alguém que joga? A metáfora do jogo recusa-se a servir-nos como metáfora cósmica, a menos que abandonemos a nossa crença na personalidade de um jogador e no caráter de aparência da cena do mundo lúdico. Só podemos falar de um jogo do mundo numa "equação" que foi decisivamente alterada e que, por isso, está quebrada. O jogo do mundo não é o jogo de ninguém, porque é só nele que há pessoas, homens e deuses; e o mundo lúdico do jogo do mundo não é uma "aparência", mas (…) -
Lawrence Berger (2017) – presença e manifestação
15 de março, por Cardoso de Castro(Lawrence Berger, Critchley2017)
Com base nisso, vou mostrar que, para Heidegger, não apenas estamos em contato direto com as pessoas e coisas deste mundo, mas também que nossa presença é importante para a maneira como elas se manifestam — como elas vêm à tona — no pleno potencial associado ao tipo de seres que elas são. Essa não é nossa presença em um sentido físico, mas sim no sentido de como estamos engajados como seres humanos vivos e experienciadores — o que Heidegger famosamente se (…) -
Laffoucrière (1968:43-45) – ser e aparecer
28 de setembro de 2024, por Cardoso de CastroVamos parar por um momento e ouvir Píndaro ou Sófocles, Anaxímenes ou Heráclito. A mesma paixão reina em todos os lugares: a de desvendar o ser. Mesmo quando não é nomeado, o ser está sempre presente. Um estudioso como Burnet só pode concluir que seria um anacronismo distinguir entre realidade e aparência nessa época. Essa é uma oposição platônica, e o próprio Platão não a formulou em seus primeiros escritos. Em Píndaro, portanto, o ser é confundido tanto com physis, que é o brotar, quanto (…)
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Marion (1998:§1) – princípio da dação
30 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroPodemos agora compreender como a invocação de um princípio na fenomenologia não contradiz, no entanto, o direito do fenômeno a mostrar-se; de fato, o princípio da dação é precisamente o de que nada precede o fenômeno, a não ser o seu próprio aparecimento a partir de si mesmo; o que equivale a postular que o fenômeno ocorre sem outro princípio que não ele próprio. Em suma, o princípio, como o da dação, dá primazia ao fenômeno — não é tanto um princípio primeiro como um princípio último. (…)
Notas
- Alain: Cette pensée de plusieurs est-elle elle-même plusieurs ?
- Alain: Que serait le monde sans les idées ?
- Arendt (LM:19-20) – ser e aparecer coincidem no mundo
- Arendt (RJ:162) – supra-sensual
- Beaufret (1998:24-25) – Husserl e Heidegger
- Birault (1978:11-12) – presença, An-wesen, παρουσία
- Carneiro Leão (1991:106-107) – A técnica moderna é …
- Dufour-Kowalska (1980:36-38) – essência
- Emmanuel LEVINAS, « L’intuition »
- Fink (1966b:236) – o homem joga porque é "mundano"
- Fink (1977:1) – a filosofia de um modo filosofante
- Fink (1994:200-202) – onde e quando tem lugar o aparecer?
- Fink (1994b:203-204) – o conceito de "aparência"
- Fink (1994b:204-206) – a dialética do ser, da existência e do mundo
- GA15:365-367 – Ereignis
- GA17:13-14 – A categoria "objeto" entre os gregos
- GA18:19-21 – ζωον λόγον εχον
- GA18:213-214 – poiesis (ποίησις)
- GA18:28-29 – a alma é οὐσία
- GA18:299-300 – δύναμις
- GA18:89 – telos (τέλος) e teleion (τέλειον)
- GA19:59-60 – νοῦς e διανοεῖν
- GA19:69-70 – mathematika (μαθηματικά)
- GA64: Investigação ontológica e Fenomenologia
- GA65:264 – Seinsverständnis - compreensão de ser
- GA7:14 – τέχνη e έπιστήμη
- GA87:I.85 – mundo mundifica
- GA87:I.90 – Aparência e Da-sein
- GA89:5-7 – Annahme - admissão
- GA89:7 – fenômenos ônticos e ontológicos
- GA89:99-100 – krinein - crítica
- GA8:12 – Mythos e Logos
- Gilvan Fogel (2005:18-19) – essência
- Gilvan Fogel (2005:60-61) – cálculo
- Heidegger: L’« enchaînement de la vie »
- Heidegger: La question de la « vie »
- Henry (2000:§5) – fenomenalidade
- Henry (2002b) – Direto às coisas elas mesmas
- Henry (2002b) – fenomenalização da fenomenalidade
- Henry (2002b) – Tanto aparência, tanto ser
- Henry (2002b:18-20) – fenomenologia e fenomenalidade
- Luijpen (1973:100-101) – Exclusão do "problema critico" ?
- Macquarrie & Robinson: Erscheinung - appearance (51-52)
- Marion (1998:§1) – Tão aparecer, quão ser/estar
- Marion (1998:§1nota) – privilégio da dação
- Maritain: Inutile et nécessaire Métaphysique !
- Masson-Oursel: « Positivité » de la métaphysique ?
- Patocka (1995:14-15) – o princípio do mostrar-se
- Platon: Ainsi parlait… Calliclès !
- Platon: Les philosophes : Beaux parleurs ?… ou vrais penseurs ?
- Romano (1999:10) – obliteração do "há" do evento
- SZ:28-29 – phainomenon