Falando de maneira formal: “algo enquanto algo” está associado com o mundo – o que, pelo modo de ser do animal, está vedado para ele. Somente onde o ente se revela em geral enquanto ente subsiste a possibilidade de experimentar este e aquele ente determinado enquanto este e aquele – experimentar no sentido amplo do que se estende para além da mera tomada de conhecimento: experimentar no sentido de fazer experiências com ele.
Casanova
Se passarmos da discussão da tese “o animal é pobre (…)
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Gesamtausgabe
Extratos dos escritos de Martin Heidegger utilizando as traduções em inglês, francês, espanhol, português, com a ajuda de um glossário das palavras em alemão em suas versões nestas traduções.
Para um autor que, ao conceber o rumo da sua Edição integral (Gesamtausgabe), a caracterizou com o lema Wege, nicht Werke (caminhos, não obras), e que, ao longo da sua produção, dedicou amplas passagens a tematização do "caminho" e do "estar a caminho" — como sentido profundo daquilo a que a tradição, interpretando o "hodos" grego, chamou método — a escolha desta palavra composta não foi, decerto, inócua. (Irene Borges-Duarte Borges-Duarte Irene Borges-Duarte )
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GA29-30:397-398 – ente enquanto ente (Seiendem als Seiendem)
23 de agosto de 2022, por Cardoso de Castro -
GA24:169-171 – essentia-existentia e "quem"
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroCasanova
Se o ser-aí mostra uma constituição ontológica totalmente diversa do ente presente à vista e se existir em nosso uso terminológico significa algo diverso de existere e existentia (εἶναι), então também se torna questionável se à constituição ontológica do ser-aí pode pertencer algo assim como coisidade, essentia, οὐσία. Coisidade, realitas ou quiditas é aquilo que responde à pergunta: Quid est res, o que é a coisa? Uma consideração rudimentar já revela: o ente que nós mesmos somos, (…) -
GA38:33-34 – Quem somos nós mesmos?
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroPacheco & Quadrado
O nós, o vós, o tu, o eu são aquilo por que se pergunta. Por conseguinte, os homens são-nos dados, numa primeira abordagem, como nós e vós, e eu, e tu. [80] À pergunta – como se definem os nós e vós, e eu, e tu poderíamos responder: eles são, diferentemente das plantas, animais, pedras, etc., pessoas e associações de pessoas. Mas o que devemos entender nós sob o título “pessoas”’? Independentemente do tacto de eu, tu, nós e vós não serem inequívocos, nem claros na (…) -
GA18:9-12 – definição (Definition)
2 de março de 2022, por Cardoso de Castro3. La determinazione del concetto tramite la dottrina della definizione nella «Logica» di Kant
§3. The Determination of the Concept through the Doctrine of Definition in Kant’s Logic.
Gurisatti
[…] I «problemi logici» traggono origine dall’orizzonte della comunicazione scolastica di questioni, senza alcun interesse per un confronto con le cose: ci si limita a trasmettere determinate possibilità tecniche.
In tale logica si chiama definizione quel mezzo in cui il concetto assume la (…) -
GA3:13-15 – conhecimento ontológico
28 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroCasanova
Kant faz com que o problema relativo à possibilidade da ontologia remonte à questão: “como são possíveis juízos sintéticos a priori?”. A interpretação dessa formulação do problema fornece a explicação para que a fundamentação da metafísica seja levada a cabo como uma crítica da razão pura. A pergunta acerca da possibilidade do conhecimento ontológico exige uma caracterização prévia desse conhecimento. Kant capta nesta formulação, em sintonia com a tradição, o conhecer como julgar. (…) -
GA40:15-19 – physis
20 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroGA40 / GA40PT / GA40EN / GA40FR / GA40ES
Carneiro Leão
No tempo do primeiro e decisivo desabrochar da filosofia ocidental entre os gregos, por quem a investigação do ente como tal na totalidade teve seu verdadeiro Princípio, chamava-se o ente de physis. Essa palavra fundamental, com que os gregos designavam o ente, costuma-se traduzir com "natureza". Usa-se a tradução latina, “natura”, que propriamente significa "nascer", "nascimento". Todavia já com essa simples tradução latina se (…) -
GA40: Estrutura da Obra
19 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroGA40 / GA40PT / GA40EN / GA40FR / GA40ES
Carneiro Leão I A QUESTÃO FUNDAMENTAL DA METAFÍSICA II SOBRE A GRAMÁTICA E ETIMOLOGIA DA PALAVRA “SER” III A QUESTÃO SOBRE A ESSENCIALIZAÇAQ DO SER IV A DELIMITAÇÃO DO SER V CONCLUSÃO
Pilári 1. La pregunta fundamental de la metafísica 2. La gramática y la etimología de la palabra «ser» I. La gramática de la palabra «ser» II. La etimología de la palabra «ser» 3. La pregunta por la esencia del ser 4. La delimitación del ser I. Ser y devenir II. (…) -
GA55:195-196 – Lógica
15 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. Heráclito. A origem do pensamento ocidental Lógica. A doutrina heraclítica do lógos. Tr. Marcia Sá Cavalcante Schuback. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998, p. 207-208
“Lógica” é o nome para a “doutrina do pensamento correto” [richtigen Denken]. Ela expõe a construção interior do pensamento, as suas formas e regras. “Fazer lógica” significa, portanto, aprender a pensar corretamente. Quando o pensamento é correto? Manifestamente, quando se processa de acordo com as (…) -
GA41:92-94 – a matemática e o matemático
3 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroSe tivermos uma visão de conjunto de tudo o que foi dito, somos capazes de conceber mais rigorosamente a essência do matemático. Até ao momento, ele foi caracterizado de uma forma geral como um tomar conhecimento de tal ordem que o que ele tem o dá a si mesmo a partir de si mesmo, de modo que dá a si mesmo aquilo que já tem. Agora, reunimos a determinação total da essência do matemático em pontos individuais:
1) Como um «mente concipere», o matemático é um projeto acerca da coisalidade da (…) -
GA29-30:398-400 – movimento incessante da cotidianidade
27 de janeiro de 2022, por Cardoso de CastroCasanova
[…] De início e na maioria das vezes, na cotidianidade de nosso ser-aí, deixamos muito mais o ente se aproximar de nós em uma estranha indistinção e ser um ente simplesmente dado. Não que todas as coisas confluam umas para as outras indistintamente – ao contrário, somos sensíveis à multiplicidade de conteúdos do ente que nos envolve, nunca estamos satisfeitos com as mudanças e somos ávidos por novidades e por alteridade. No entanto, o ente que nos envolve está aí homogeneamente (…)