A representação (percipere, co-agitare, cogitare, repraesentare in uno) é um traço fundamental de todos os comportamentos do homem, mesmo daqueles comportamentos que não possuem o modo de ser do conhecimento. Todos os comportamentos são, vistos a partir daí, cogitationes.
Casanova
Tudo aquilo que perdura por si mesmo e que, portanto, se encontra presente é hypokeimenon. Subiectum são as estrelas e as plantas, um animal, os homens e os deuses. Quando se requisita no começo da metafísica (…)
Página inicial > Gesamtausgabe
Gesamtausgabe
Extratos dos escritos de Martin Heidegger utilizando as traduções em inglês, francês, espanhol, português, com a ajuda de um glossário das palavras em alemão em suas versões nestas traduções.
Para um autor que, ao conceber o rumo da sua Edição integral (Gesamtausgabe), a caracterizou com o lema Wege, nicht Werke (caminhos, não obras), e que, ao longo da sua produção, dedicou amplas passagens a tematização do "caminho" e do "estar a caminho" — como sentido profundo daquilo a que a tradição, interpretando o "hodos" grego, chamou método — a escolha desta palavra composta não foi, decerto, inócua. (Irene Borges-Duarte Borges-Duarte Irene Borges-Duarte )
-
GA6T2:450-451 – a representação
21 de maio de 2023, por Cardoso de Castro -
GA6T1:45-48 – vontade
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroDe acordo com a representação usual, a vontade é tomada como uma faculdade da alma. O que a vontade é determina-se a partir da essência da alma; da alma trata a psicologia. A alma designa um ente particular em contraposição ao corpo e ao espírito. Se para Nietzsche a vontade determina o ser de todo e qualquer ente, então não é a vontade que é algo psíquico, mas a alma (a psique) que é algo volitivo.
Casanova
2. Para apreender o conceito nietzschiano de vontade é particularmente (…) -
GA6T1:319-321 – humanização
21 de maio de 2023, por Cardoso de Castro[…] o homem é sempre impelido para o beco de sua própria humanidade com todas as suas representações, intuições e determinações do ente. Assim, é fácil tornar compreensível para o mais simplório dos homens o quanto toda representação humana nunca provém senão de algum canto desse beco, quer a representação do mundo tenha surgido de um grande pensador singular e normativo, quer ela aponte para a sedimentação das representações de grupos, épocas, povos e famílias de povos.
Casanova
Já (…) -
GA6T1:495-497 – a monstruosidade da teoria do conhecimento
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroNo interior da história do Ocidente, o conhecimento é considerado como aquele comportamento e como aquela postura do re-presentar por meio dos quais o verdadeiro é apreendido e preservado como uma posse.
Casanova
O que é isso – o conhecimento? Pelo que perguntamos propriamente quando colocamos a pergunta sobre a essência do conhecimento? À posição do homem ocidental em meio ao ente, à determinação, fundamentação e desdobramento dessa posição em relação ao ente, isto é, à determinação (…) -
GA6T1:53-57 – afetos são configurações da vontade de poder
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroComo devemos tomar então a essência do afeto, da paixão e do sentimento? Como devemos tomar essa essência de modo a torná-la frutífera para a interpretação da essência da vontade no sentido nietzschiano?
Casanova
Na passagem que acabamos de citar, Nietzsche diz: todos os afetos são “configurações” da vontade de poder. Se perguntarmos o que é a vontade de poder, Nietzsche então responderá: ela é o afeto originário. Os afetos são formas da vontade; a vontade é afeto. Denomina-se tal (…) -
GA6T1:52-53 – querer [Wollen] e vontade de poder [Wille zur Macht]
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroTomado estritamente no sentido do conceito nietzschiano de vontade, o poder nunca pode ser pressuposto previamente como meta para a vontade, como se o poder fosse algo que pudesse ser estabelecido inicialmente como estando fora da vontade. Porquanto a vontade é decisão por si mesma como um assenhoramento que se estende para além de si; porquanto a vontade é querer para além de si, a vontade é potencialidade que se potencializa para o poder.
Casanova
O querer mesmo é um assenhoramento (…) -
GA6T1:76-78 – dynamis, energeia, entelecheia
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroForça, a capacidade reunida em si e pronta para atuação, o estar em condições de…, é o que os gregos, antes de tudo Aristóteles, designam como δύναμις. Contudo, o poder é igualmente o ser-poderoso no sentido da realização do domínio, o estar-em-obra da força, ou, em termos gregos: ἐνέργεια. Poder é vontade como querer-para-além-de-si. Precisamente dessa forma, porém, ela se mostra como o chegar-a-si-mesmo, encontrar-se e afirmar-se na simplicidade fechada da essência, em termos gregos: (…)
-
GA6T1:117-119 – corpo [Leib] e corpo [Körper]
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroTodo sentimento traz consigo uma corporificação afinada de tal ou tal maneira, uma tonalidade afetiva que se corporifica de tal ou tal maneira.
Casanova
[…] Onde fica o fisiológico, o elemento relativo ao estado corporal? Por fim, não podemos cindir as coisas de tal modo como se estivesse alocado em um pavimento inferior o estado corporal, e, em um outro superior, o sentimento. O sentimento como um sentir-se é, precisamente, a maneira como somos corporais; ser corporal não significa (…) -
GA6T1:49-52 – vontade [Wille] e querer [Wollen]
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroA pergunta decisiva é justamente: como e em razão do que aquilo que é querido [Gewollte] e aquele que quer pertencem no querer ao querer? Resposta: em razão do querer e por meio do querer. O querer quer o que quer como tal, e o querer estabelece o que é querido como tal. Querer é decisão [Entschlossenheit] para si, mas para si como para o que o estabelecido no querer como querido quer. A vontade traz a cada vez a partir de si mesma uma determinação corrente para o interior do seu querer. (…)
-
GA6T1:511-512 – verdade é correção da representação
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroTodavia, se nós dissermos que a essência da verdade é correção, então não temos em vista essa palavra no sentido mais rico da conformidade estabelecida em termos de conteúdo da representação com o ente que vem ao encontro. Correção é, nesse caso, compreendida como tradução de adaequatio e homoiosis. Também para Nietzsche permanece de antemão decidido, e, de acordo com a tradição, que: verdade é correção.
Casanova
O fragmento começa: "A avaliação: ’eu acredito que isso e aquilo sejam (…)