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Barbuy
HERALDO BARBUY (1913-1979)
Ex-professor do seminário católico, colaborador assíduo no jornal O Estado de S. Paulo, onde seus artigos semanais eram lidos e comentados com avidez por um público numeroso; membro da extinta e memorável revista Planalto; autor, aos vinte e três anos, de um romance de costumes oitocentistas em São Paulo, Beco da Cachaça, e de outros livros como o candente poema em prosa Zaratustra Morreu, A Vida Espetacular de Mirabeau, Origens da Crise Contemporânea. Tratava-se, portanto, de um intelectual florescente na força da idade, jornalista e escritor que se contentava no entanto na posição de professor do curso secundário, lecionando para adolescentes de quinze e dezesseis anos. Pouco depois ingressaria na Universidade de São Paulo, iniciando carreira universitária que culminaria na conquista da cátedra de Sociologia Econômica, da qual se aposentou nos derradeiros meses de vida. (Adaptado de apresentação de Barbuy feita por Gilberto de Mello Kujawaski)
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984
Matérias
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Barbuy: Progresso (5) - devenir incessante
7 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 112-114.
5. Quando se verifica que a ideia do progresso indefinido, do devenir incessante, constituiu o fulcro de onde emanaram atividade e pensamento contemporâneos, justo será perguntar em que espécie de progresso se tem acreditado tão fanaticamente: se no moral ou no econômico; no espiritual ou no material; no afetivo ou no intelectual. O progressismo, porém, não saberia dar uma resposta: a ideia de (…)
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Barbuy: senso comum (10) - próprio tempo
7 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 160-161.
10. A causa mais importante do declínio do realismo, no início da chamada idade moderna e da sua posterior total substituição pelo criticismo não foi, como frequentemente assinalam os historiadores, o descrédito em que caiu a física de Aristóteles, depois das novas descobertas científicas, arrastando consigo também o descrédito da metafísica; diversamente, o que se deu foi que o realismo não podia (…)
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Barbuy: Das capas da realidade
6 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 41-44. (1a ed., São Paulo: Liv. Martins Editora, 1950)
Quando começamos a perguntar o que é a realidade, começamos também a perguntar o que é. A primeira visão que se nos oferece neste mundo sujeito à mudança e à corrupção é constituída por um conjunto de qualidades, de fenômenos — (o que Heidegger recentemente denominava “mundo à mão”, zuhandene Welt); a primeira capa da realidade não é senão aquela que os (…)
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Barbuy: visão filosófica
7 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 79-83.
Toda a filosofia reflete uma visão fundamental, que é ao mesmo tempo religiosa, intelectiva, volitiva e emotiva. Estes elementos são inseparáveis, embora, didaticamente, se possa distinguir entre a intuição intelectiva e a volitiva, entre a intuição emotiva e a religiosa. A intuição intelectiva recebe as verdades racionais e os primeiros princípios da Inteligência; é por exemplo a intuição que nos (…)
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Barbuy: A Nação e o Romantismo
8 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
BARBUY, Heraldo. O Problema do ser e outros ensaios. São Paulo: Convívio, 1984, p. 259-291
1. A exposição que se vai seguir foi reconstituída de notas de aulas ministradas na Faculdade de Filosofia “Sedes Sapientiae”, da Universidade Católica de São Paulo, bem como de uma conferência pronunciada no Centro de Estudos Sociais e Políticos. Nesta última, procurei demonstrar, em síntese, que existem três espécies de nacionalismo: o Romântico, o Burguês e o Dialético ou comunista. Não podendo (…)