O problema da aparição do ente foi formulado tentativamente por Aristóteles, em Peri psyches, 431b 20 e sgs. Para que as coisas apareçam, quer [13] dizer, para que a sua forma surja e se mostre, é necessário um ente de natureza particular, a saber, a psique, o princípio vital [Lebendigkeit]. Apenas quando há o princípio vital pode o ente mostrar-se. O princípio vital é, porém, a disposição activa para a obra de um corpo orgânico [Leib] não produzido, o qual está dotado de todas as coisas com (…)
Página inicial > Palavras-chave > Autores - Obras > Aristoteles / Aristote / Aristóteles / Aristotle
Aristoteles / Aristote / Aristóteles / Aristotle
Para Heidegger, Aristóteles é com efeito toda a filosofia, por esta razão passou sua vida a situar, demarcar, mensurar, em resumo questionar em sua dimensão mesma de lugar, este lugar comum a toda humanidade.
Matérias
-
Patocka (2002:4) – quando há o princípio vital pode o ente mostrar-se
11 de junho de 2023, por Cardoso de Castro -
GA6T1:76-78 – dynamis, energeia, entelecheia
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroForça, a capacidade reunida em si e pronta para atuação, o estar em condições de…, é o que os gregos, antes de tudo Aristóteles, designam como δύναμις. Contudo, o poder é igualmente o ser-poderoso no sentido da realização do domínio, o estar-em-obra da força, ou, em termos gregos: ἐνέργεια. Poder é vontade como querer-para-além-de-si. Precisamente dessa forma, porém, ela se mostra como o chegar-a-si-mesmo, encontrar-se e afirmar-se na simplicidade fechada da essência, em termos gregos: (…)
-
Être et temps : § 68. La temporalité de l’ouverture en général.
17 de julho de 2014, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
La temporalité
La résolution que nous avons caractérisée quant à son sens temporel représente une ouverture authentique du Dasein. Celle-ci constitue un étant de manière telle que, en existant, il peut être lui-même son « Là ». Cependant, le souci n’a été caractérisé en son sens (…) -
McNeill (1999:22-23) – curiosidade [Neugier]
9 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroUma terceira discussão sobre a primeira linha da Metafísica aparece no curso que se segue diretamente às palestras do Sofista: os Prolegômenos à História do Conceito de Tempo [GA20], ministrados no semestre de verão de 1925 e destinados a serem retrabalhados na primeira divisão de Ser e Tempo. Como na obra magna, a discussão ocorre novamente no contexto de uma análise da curiosidade, mas a análise da curiosidade está aqui embutida em uma interpretação da “queda” como um modo pelo qual o (…)
-
McNeill (1999:24-27) – cinco níveis de ver ou conhecer
9 de outubro de 2024, por Cardoso de CastroAristóteles começa o Livro I da Metafísica discutindo cinco níveis ou graus diferentes de “ver” ou conhecer: aisthesis, empeiria, techne, episteme e sophia. Diz-se que o primeiro deles, aisthesis ou apreensão sensorial, pertence por natureza aos entes vivos em geral. Um segundo nível de conhecimento é o da empeiria, “experiência”. Enquanto a apreensão sensorial depende, a cada momento, da dada condição de um objeto imediato que lhe é apresentado, a experiência implica ter assumido uma certa (…)
-
GA18:25-26 – ousia (οὐσία)
28 de janeiro de 2023, por Cardoso de CastroHEIDEGGER, Martin. Basic Concepts of Aristotelian Philosophy. Tr. Robert D. Metcalf and Mark B. Tanzer. Bloomington: Indiana University Press, 2009. p. 18-19
However, with οὐσία it is not the case that the terminological meaning has arisen out of the customary meaning while the customary disappeared. Rather, for Aristotle, the customary meaning exists constantly and simultaneously alongside the terminological meaning. And, according to its customary meaning, οὐσία means property, (…) -
GA6T1:511-512 – verdade é correção da representação
20 de maio de 2023, por Cardoso de CastroTodavia, se nós dissermos que a essência da verdade é correção, então não temos em vista essa palavra no sentido mais rico da conformidade estabelecida em termos de conteúdo da representação com o ente que vem ao encontro. Correção é, nesse caso, compreendida como tradução de adaequatio e homoiosis. Também para Nietzsche permanece de antemão decidido, e, de acordo com a tradição, que: verdade é correção.
Casanova
O fragmento começa: "A avaliação: ’eu acredito que isso e aquilo sejam (…) -
GA61: Estrutura da Obra
12 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. Richard Rojcewicz
INTRODUCTION
PART I - ARISTOTLE AND THE RECEPTION OF HIS PHILOSOPHY
A. What Are Studies in the History of Philosophy? A region within the history of the spirit as Objective, factual research? The historiological can be grasped only in philosophizing; both originally one Not a presupposition, but instead a pre-possession of the factical in questionability; not Objective The history of philosophy in these pages: Greeks and the Christian West
B. The Reception of (…) -
Ernildo Stein (2008:169-174) – "a alma é de algum modo todas as coisas"
9 de junho de 2023, por Cardoso de CastroFoi necessário que se processasse toda a história da Filosofia para que, no fim da metafísica, alguém perguntasse: qual é a compreensão que a alma (o Dasein) deve ter para poder ser de certo modo todas as coisas?
A originalidade da intuição heideggeriana, quando introduz a compreensão do ser, consiste no fato de introduzir na Filosofia um terceiro nível de problematização nas questões da ontologia, por meio do ser-aí que tem um modo privilegiado de ser. Já em Aristóteles temos o nível do (…) -
GA18:33-35 – ousia como Dasein
11 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroNós nos limitamos a listar alguns caracteres ontológicos. O que é importante, entretanto, é ver como nesses diferentes caracteres de ser uma concepção determinada de ’aí’ é expressa, como, portanto, esses diferentes caracteres ontológicos são caracteres determinados do significado de ’aí’ e como o grego entende ’aí’. Para esse propósito, já temos uma diretriz na forma do significado atual de οὐσία no sentido daquilo que está ’disponível’ [Verfügbaren], ’presente’ , ou daquilo que está (…)
-
GA41: Significado «razão pura»
19 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroExtrato da tradução em português de Carlos Morujão
O eu, enquanto «eu penso» é, de ora em diante [após Descartes], o fundamento em que repousa toda a certeza e verdade. Mas, ao mesmo tempo, o pensamento, o enunciado, o logos, é o fio condutor das determinações do Ser, das categorias. Estas encontram-se tendo como fio condutor o «eu penso», tendo em vista o eu. Deste modo, o eu, devido a este significado fundamental para a fundamentação da totalidade do saber, torna-se a determinação (…) -
McNeill (1999:34-37) – phronesis
9 de outubro de 2024, por Cardoso de Castro[…] Phronesis refere-se ao conhecimento pertencente à praxis humana, na medida em que essa atividade constitui um fim em si mesma. Ela é descrita como “uma disposição reveladora que ocorre por meio do logos [hexis alethe meta logon], preocupada com a ação em relação ao que é bom e ruim para os seres humanos” (Ética a Nicômaco, 1140 b7). Como a techne, a phronesis pertence à faculdade deliberativa da alma, uma vez que esta apreende objetos cujos archai são variáveis. No entanto, a phronesis (…)
-
Greisch: « Savoir voir » : les «yeux de Husserl » ou l’entrée en phénoménologie
29 de maio de 2017, por Cardoso de CastroExcertos das páginas 23-28, da edição PUF de 1994.
Deux auteurs dominent la nouvelle conception de la philosophie que Heidegger élabore pendant son temps de Privatdozent à Freiburg : Edmund Husserl et Wilhelm Dilthey. Nous examinerons ultérieurement de façon plus détaillée le rapport entre Heidegger et Husserl et les divergences croissantes entre ces deux génies antithétiques, précisément concernant leur conception différente de la phénoménologie. Cette divergence correspond au deuxième (…) -
GA6T1:495-497 – a monstruosidade da teoria do conhecimento
21 de maio de 2023, por Cardoso de CastroNo interior da história do Ocidente, o conhecimento é considerado como aquele comportamento e como aquela postura do re-presentar por meio dos quais o verdadeiro é apreendido e preservado como uma posse.
Casanova
O que é isso – o conhecimento? Pelo que perguntamos propriamente quando colocamos a pergunta sobre a essência do conhecimento? À posição do homem ocidental em meio ao ente, à determinação, fundamentação e desdobramento dessa posição em relação ao ente, isto é, à determinação (…) -
Heidegger: questão metafísica e minha questão
15 de abril de 2017, por Cardoso de CastroExtrato da trad. de Antonio Abranches
Wisser: Todas as suas reflexões fundam-se e desembocam na questão que é a questão fundamental de sua filosofia, a questão do Ser. Várias vezes o Sr. observou que não queria adicionar uma nova tese às numerosas teses que existem sobre o Ser. Precisamente porque o Ser foi definido de maneiras muito diferentes, por exemplo, como qualidade, como possibilidade e realidade, como verdade, como Deus, o Sr. põe a questão de uma harmonia (Einklang) suscetível (…) -
GA17: Estrutura da obra
29 de janeiro de 2017, por Cardoso de CastroTradução do inglês
Introdução à investigação fenomenológica Observação preliminar Parte I Phainomenon e Logos em Aristóteles e A Auto-interpretação de Husserl da Fenomenologia Capítulo I Elucidação da expressão "fenomenologia" retornando até Aristóteles 1 Clarificação de phainomenon com base na análise aristotélica de perceber o mundo pelo modo de ver phinomenon como uma maneira distinta de uma presença do ente: existência durante o dia phainomenon como qualquer coisa que de si mesmo (…) -
GA54: Estrutura da Obra
10 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira Sérgio Mário Wrublevski
INTRODUÇÃO - MEDITAÇÃO PREPARATÓRIA COM O NOME E A PALAVRA ALETHEIA E SUA ESSÊNCIA CONTRÁRIA. DUAS INDICAÇÕES DA TRADUÇÃO DA PALAVRA ALETHEIA
§ 1. A deusa "Verdade". Parmênides I, 22-32
a) O conhecimento usual e o saber essencial. Renúncia da interpretação usual do "poema doutrinário" através da atenção para a exigência do princípio
Recapitulação
1) Início e princípio. O pensar usual e o pensar originado pelo princípio. O retraimento diante (…) -
GA29-30: Estrutura da Obra
26 de fevereiro de 2017, por Cardoso de CastroTrad. brasileira de Marco Antonio Casanova
CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS - A TAREFA DA PRELEÇÃO E A POSTURA FUNDAMENTAL, PARTINDO DE UM ESCLARECIMENTO GENÉRICO SOBRE SEU TÍTULO
Primeiro Capítulo - Os desvios que marcam o caminho de determinação da essência da filosofia (metafísica) e a imprescindibilidade de olhar a metafísica de frente
§1. O caráter incomparável da filosofia
§ 2. A determinação da filosofia a partir dela mesma, tomando como fio condutor uma sentença de Novalis
§3. O (…) -
Être et temps : § 30. La peur comme mode de l’affection.
11 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Le phénomène de la peur peut être considéré de trois points de vue : nous analyserons le devant-quoi de la peur, l’avoir-peur et le pour-quoi de la peur. Ces point de vue possibles et solidaires n’ont rien de fortuit. Avec eux, c’est la structure de l’affection en général qui vient au (…) -
GA19: aletheia e linguagem
30 de janeiro de 2017, por Cardoso de Castrob) αλήθεια (verdade — desvelamento) e linguagem (λόγος). A αλήθεια (verdade — desvelamento) como modo de ser do homem (ζωον λόγον εχον — ser vivo que possui linguagem) ou como modo da vida (ψυχή — alma)
b) αλήθεια and language (λόγος). αλήθεια as a mode of Being of man (ζωον λόγον εχον) or as a mode of life (ψυχή).
Casanova
Ο ἀληθεύειν (desvelamento) mostra-se, portanto, de início no λέγειν (falar). Ο λέγειν, falar, é a constituição fundamental do ser-aí humano. Na fala, ele se (…)
Notas
- Arendt (CH:§2) – três modos de vida (bioi)
- Beaufret (1974:28) – O evento instaurador da ciência moderna
- Brague (1988:196-197) – Dasein
- Capobianco: Sinn - sentido (9-11)
- Carneiro Leão (1977:22-23) – dimensões das possibilidades da sabedoria
- Caron (2005:115) – multiplicidade de sentidos de "ser"
- Dastur (1990:5-6) – a questão do ser
- Duque & Tudela: Der Satz vom Grund
- Fédier (2010:158-160) – caráter essencial do tempo vulgar
- Fink (1966b:40-41) – a linguagem tem o ente humano?
- Fink (1994b:199-200) – o ente revestido de linguagem
- GA11: ti estin - que é isto?
- GA11:11-12 – Que é isto…?
- GA11:14-16 – do sophon ao philo-sophon
- GA11:16-17 – A filosofia é episteme
- GA11:22-23 – thaumazein - espanto - Erstaunen
- GA14: questionar a "coisa ela mesma"
- GA17:13-14 – A categoria "objeto" entre os gregos
- GA17:21-22 – apophainesthai [deixar-ver]
- GA17:25-26 – phantasia
- GA18:100-101 – arete
- GA18:107 – ente que fala
- GA18:132-133 – pathos - psyche
- GA18:15-16 – horismos - definição
- GA18:180 – praxis é ocupação (Besorgen)
- GA18:183-184 – ser humano determinado em seu ergon como praxis
- GA18:198-199 – thinking not an appeal to a brain process
- GA18:213-214 – poiesis (ποίησις)
- GA18:297 – aí-não-se-é - ser-ausente
- GA18:68-69 – politike e êthos
- GA18:89 – telos (τέλος) e teleion (τέλειον)
- GA18:89 – telos - teleion - limite
- GA18:9-10 – Logik
- GA19 – agir - praxis
- GA19: Estrutura de exame dos modos de desvelamento
- GA19: o objeto da phronesis é o Dasein
- GA19: phenomenology - phenomenon (586-587)
- GA19: phronesis não é especulação
- GA19: Platão e Aristóteles
- GA19: verdade e ser-aí
- GA19:122-123 – praxis orientada para em-virtude-de
- GA19:174-175 – ação sempre diversa
- GA19:21-22 – άληθεύειν (aletheuein, 5 modos de des-encobrimento)
- GA19:22-23 – a alma desvela
- GA19:38-39 – πρᾶξις - ação
- GA19:52-53 – phronesis - prudência
- GA19:59-60 – νοῦς e διανοεῖν
- GA20:1-3 – Ciência
- GA24:338 – Aristóteles foi o último grande filósofo
- GA24:359 – Não há tempo
- GA26:29-30 – juízos
- GA27:224 – filosofia além do velho e do novo
- GA29-30:127-128 – metáfora
- GA29-30:7-8 – Estar por toda parte em casa
- GA31:120-121 – o tempo
- GA40:17-18 – grande começa grande
- GA40:193-195 – logos e hypokeimenon
- GA41:124-125 – juízo - Urteil
- GA5:323-325 – pré-socráticos
- GA5:70-71 – Comparar episteme-scientia-ciência?
- GA61: Aristóteles, Lutero e o Idealismo alemão
- GA63:5-6 – coisas há aí somente onde há olhos
- GA65:136 – Wirklich - efetivo
- GA7:14 – τέχνη e έπιστήμη
- GA89:5-7 – Annahme - admissão
- GA8:215-216 – Aristotélisme dénature Aristote
- GA9:352-354 – Ethik - éthique - ética - ethics
- GA9:LetterH - thinking
- Gadamer (VM) – Essência da mudança súbita
- Gadamer (VM) – modo de ser do dia
- Gelven (1989:201-202) – Resumo de SZ II.5 §§72-77 - O Problema da História
- Krell (1992:3) – “maior proximidade” se compara com proximidade com Deus?
- LDMH: a ordem do Dasein
- LDMH: Befindlichkeit / encontrar-se
- LDMH: Dasein após Ser e Tempo
- LDMH: Möglichkeit - Possibilidade
- MacDowell: Tradition - Tradição
- Mattéi (2001:72-74) – quatro modalidades do ente - Aristóteles e Kant
- McNeill (1999:32) – cinco maneiras de alcançar a verdade
- McNeill (1999:33-34) – techne e episteme
- McNeill (1999:43-44) – noûs
- Romano (2018) – o que é o si-mesmo?
- Schürmann (1987:121-122) – Beginn - beginning
- Sheeham: Sein
- Sheehan (1974:138-139) – energeia e ergon
- Sheehan (2015:12-13) – Aristóteles entende as coisas como fenômenos
- Sheehan (2015:14-15) – questionando as coisas
- Sloterdijk (2004:112-115) – a esfera é mais que um símbolo geométrico
- SZ:14 – Seele - alma
- SZ:25-26 – legein