Excerto de HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 37-38
Em si, o progresso da matemática objetiva em direção à sua logicização formal, e a autonomização da lógica formal, ampliada como análise pura ou doutrina pura das multiplicidades, é algo de totalmente legítimo, e mesmo necessário; assim como a tecnicização, com a sua ocasional (…)
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Husserl / Edmund Husserl
EDMUND HUSSERL (1859-1938)
OBRA NA INTERNET: LIBRARY GENESIS
HUSSERL, Edmund. Ideen zu einer reinen Phänomenologie und phänomenologischen Philosophie. Erstes Buch: Allgemeine Einführung in die reine Phänomenologie. (1976) / Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006
Matérias
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Husserl (CCEFT:37-38) – O esvaziamento de sentido da ciência matemática da natureza pela “tecnicização”
13 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro -
Safranski (Heidegger) – Husserl e Heidegger
6 de fevereiro de 2022, por Cardoso de CastroSAFRANSKI, Rüdiger. Heidegger. Um mestre da Alemanha entre o bem e o mal. Tr. Lya Luft. São Paulo: Geração Editorial, 2000, Capítulo V.
Lia Luft
Quando Edmund Husserl foi a Freiburg em 1916, a fama da fenomenologia ainda não saíra do campo da filosofia especializada. Mas poucos anos depois, nos primeiros anos do pós-guerra, uma especialidade filosófica didática já é quase um portador de esperanças em nível de concepção de mundo. Hans-Georg Gadamer relata como no começo dos anos vinte, (…) -
Husserl (CCEFT:10-11) – O sentido da história e a filosofia moderna
13 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro[HUSSERL, Edmund. A crise das ciências europeias e a fenomenologia transcendental: uma introdução à filosofia fenomenológica. Tr. Diogo Falcão Ferrer. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2012, p. 10-11]
Se considerarmos o efeito do desenvolvimento filosófico das ideias sobre a humanidade no seu conjunto (a que não faz pesquisa filosófica), teremos de dizer o seguinte:
Só a compreensão interna da mobilidade da filosofia moderna, de Descartes até ao presente, una em todas as suas (…) -
Taminiaux (2002) – Fenomeologia e História
30 de outubro, por Cardoso de Castro* A vastidão do tema "Fenomenologia e História" e a limitação do exame a Edmund Husserl e Martin Heidegger * A impossibilidade de elaborar um inventário, que seria fastidioso, devido ao número de pensadores reclamando-se do movimento fenomenológico que trataram da história – Husserl e Heidegger, Scheler, Gadamer, Patocka, Ricoeur * A proposta de limitar o exame às duas figuras emblemáticas de Husserl e Heidegger * O tratamento sucessivo destas duas figuras sob o título (…)
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Husserl – O ser absoluto da consciência
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroA existência de um mundo é o correlato de um certo diverso da experiência que se distingue por certas configurações eidéticas. Mas nenhuma evidência exige que as experiências atuais só possam desenrolar-se se apresentarem tais formas de encadeamento; se se consulta puramente a essência da percepção em geral e a das outras espécies de intuições empíricas que cooperam na percepção, nada de semelhante pode daí concluir-se. Pelo contrário, é perfeitamente pensável que a experiência se dissipa em (…)
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Lyotard - Fenomenologia: Husserl e Hegel
23 de março de 2022, por Cardoso de CastroExcertos da tradução em português feita por Mary Amazonas Leite de Barros, do livro de Lyotard, "A Fenomenologia".
O termo fenomenologia recebeu de Hegel plena e especial acepção, com a publicação em 1807 de Die Phänomenologie des Geistes. A fenomenologia é "ciência da consciência", "na medida em que a consciência é em geral o saber de um objeto, ou exterior ou interior". Hegel escreve no Prefácio Fenomenologia: "O estar-ali imediato do espírito, a consciência, possui os dois momentos: o (…) -
Bernard Stiegler – Técnica e Tempo (Introdução 1)
18 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroNo início de sua história, a filosofia isolou a techne e a episteme, que os tempos homéricos ainda não haviam distinguido. Essa mudança foi determinada por um contexto político no qual o filósofo acusava o sofista de usar o logos como retórica e logografia, um meio de poder e um não-lugar de conhecimento. É sobre o legado desse conflito, no qual a episteme filosófica luta contra a techne sofística, desvalorizando assim todo o conhecimento técnico, que a essência dos entes técnicos em geral é (…)
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Husserl (FCR:53-54) – Valor supra-histórico da filosofia
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmundo. A Filosofia como Ciência de Rigor. Tr. Albin Beau. Coimbra: 1992, p. 53-54
O matemático também não irá dirigir-se à História para receber ensinamento sobre a verdade das teorias matemáticas; não lhe há de ocorrer relacionar a evolução histórica das noções e dos juízos matemáticos com a questão da Verdade. Como havia, pois, o historiador de decidir sobre a verdade dos sistemas filosóficos existentes, ou até sobre a possibilidade de uma ciência filosófica, em si de valor? (…) -
GA20:§11 – las cuatro características de la conciencia pura
30 de janeiro de 2023, por Cardoso de Castro§11. Crítica inmanente a la investigación fenomenológica: examen crítico de las cuatro características de la conciencia pura
Excertos da tradução em espanhol de Jaime Aspiunza
La conciencia pura
Para nosotros la cuestión es la siguiente: en esta elaboración del campo temático de la fenomenología que es la intencionalidad ¿se plantea la cuestión acerca del ser de esta región, del ser de la conciencia? Dicho de otro modo: cuando se dice que la esfera de la conciencia es una esfera y (…) -
Husserl (LFLT:327-329) – A constituição operada pela consciência
12 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroExcerto de Lógica Formal e Lógica Transcendental. trad. S. Bachelard, Presses Universitaires de France, 1984, pp. 327-329
tradução
A referência universal de tudo o que é concebível para um eu à vida da sua consciência é, sem dúvida, bem conhecida já desde Descartes como um fato filosófico fundamental e dela se fala muito, em particular na época moderna. Mas não serve de nada filosofar por alto sobre este tema e esconder esta referência à consciência com redes de pensamento — por muito (…) -
Vincent Gérard (1999) – A Krisis de Husserl (4)
3 de novembro, por Cardoso de Castro* C. A Via pela Psicologia Intencional * Husserl empreendeu a via pela psicologia intencional nas lições de Filosofia Primeira em 1923 e, posteriormente, na última parte da terceira seção da Krisis (§§ 56-73), intitulada: "O caminho que conduz à filosofia transcendental fenomenológica partindo da psicologia." * O caminho pela psicologia intencional não implica o abandono total da via cartesiana, sendo que o relatório da Filosofia Primeira, lição 48, estabelece que a redução (…)
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Husserl (IFP1:203-205) – Vivido no noético e no noema
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroHUSSERL, Edmund. Ideias para uma fenomenologia pura e para uma filosofia fenomenológica: introdução geral à fenomenologia pura. Tr. Márcio Suzuki. Aparecida: Ideias & Letras, 2006, p. 203-205
Graças a seus momentos noéticos, todo vivido intencional é justamente vivido noético; é da essência dele guardar em si algo como um “sentido” e, eventualmente, um sentido múltiplo, é de sua essência efetuar, com base nessas doações de sentido e junto com elas, outras operações que se tornam (…) -
Didier Franck (1981:21-24) – encarnação
5 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
1. Heidegger destaca muito claramente, no protótipo da percepção de uma coisa transcendente, uma diferença entre dois modos de dação, ou seja, uma diferença fenomenológica. Uma diferença hierárquica, um destes modos implicando necessariamente o outro. Mas, como em Husserl, a questão do sentido da carne não é colocada.
2. Afirmar que a característica relevante da percepção é a corporização — Heidegger não fala aqui de presença encarnada — vem a alinhar-se com o idealismo (…) -
Être et temps : § 11. L’analytique existentiale et l’interprétation du Dasein primitif.
9 de julho de 2011, por Cardoso de CastroVérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
§ 11. L’analytique existentiale et l’interprétation du Dasein primitif. Les difficultés de l’obtention d’un « concept naturel du monde ».
L’interprétation du Dasein en sa quotidienneté n’est pas pour autant identique à la description d’un degré primitif du Dasein tel que l’anthropologie (…) -
Marion (1998:§1) – tanto mais redução, tanto mais dação
21 de janeiro de 2024, por Cardoso de CastroJavier Bassas Vila
La regla que vincula por principio reducción y donación, aunque sólo aquí se formule en cuanto tal, puede identificarse literalmente desde Husserl. Mejor aún, el primer texto en el que [49] la reducción se impone impone también su conjunción con la donación: La idea de la fenomenología, la misma obra que, en 1907, pone en práctica por vez primera todas las figuras de la reducción, privilegia de igual manera con gran insistencia la donación. — Apuntemos algunos enunciados (…) -
Husserl: Intencionalismo
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroNa percepção algo é percepcionado, na imaginação algo é imaginado, na enunciação algo é enunciado, no amor algo é amado, no ódio algo é odiado, no desejo algo é desejado, etc. Franz Brentano discerniu o carácter comum que pode encontrar-se em tais exemplos quando disse: «Todo fenômeno psíquico é caraterizado pelo que os escolásticos da Idade Média denominaram a existência intencional (ou ainda mental) de um objeto, e o que nós poderíamos chamar, se bem que com expressões um pouco equívocas, (…)
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GA20: Esquema-Resumo
28 de maio de 2017, por Cardoso de CastroEnsaio de resumo esquemático com citações, a partir do índice do livro (em construção permanente)
Nossa Tradução INTRODUÇÃO: O TEMA E MÉTODO DO CURSO 1 Natureza e história como domínios de objetos para as ciências 2 Prolegômenos para uma fenomenologia da história e natureza sob a guia da história do conceito de tempo 3 Tópicos do curso PARTE PRELIMINAR: O SENTIDO E TAREFA DA INVESTIGAÇÃO FENOMENOLÓGICA I Emergência e ruptura da investigação fenomenológica 4 A situação da filosofia na (…) -
Husserl (IL2) – Objeto intencional e objeto real
13 de outubro de 2021, por Cardoso de CastroÉ um erro grave estabelecer de maneira geral uma diferença entre os objetos «simplesmente imanentes» ou «intencionais», por um lado, e os objetos «verdadeiros» e «transcendentes» que eventualmente lhes correspondem, por outro: importa pouco que se interprete essa diferença como uma diferença existente entre um signo ou uma imagem realmente presentes na consciência e a coisa designada ou reproduzida pela imagem; ou então que se substitua, de qualquer outra maneira, ao objeto «imanente» um (…)
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Marion (1989:72-78) – fenomenologia e ontologia
21 de dezembro de 2023, por Cardoso de Castrodestaque
Enquanto que, para Husserl, a fenomenologia torna obsoleta a ontologia porque se ocupa, em seu lugar e melhor do que esta, do ente, para Heidegger, a fenomenologia eleva-se ao título de ontologia porque se desloca dos entes até o ser. A Hinsicht mudou radicalmente; ou melhor, a simples visão (Sicht) que só se pode fixar na evidência permanente e disponível — portanto no ente — é substituída pela Hinsicht, que só vê o ente em relação ao seu ser e por desígnio deste ser. O debate (…) -
Fragata (1962) – O problema de Deus na fenomenologia de Husserl
18 de março, por Cardoso de CastroJúlio Fragata S. I. Professor da Faculdade de Filosofia de Braga
Problemas da Fenomenologia de Husserl Edições Livraria Cruz Braga 1962
1. — Ao tratar do problema de Deus em Husserl, é conveniente, logo de início, afastar um possível equívoco, proveniente da confusão de duas questões distintas. A primeira refere-se à atitude de Husserl, como homem, perante Deus. A segunda investiga até que ponto se apresenta conciliável com uma doutrina de Deus o pensamento filosófico de Husserl, ou (…)
Notas
- Beaufret (1998:24-25) – Husserl e Heidegger
- Carman (2003:121-123) – O que é um mundo?
- Carman (2003:129-130) – regiões ontológicas
- Carman (2003:130n) – objetos matemáticos
- Caron (2005:135-136) – desacordo sobre o solo da fenomenologia (Husserl e Heidegger)
- Caron (2005:190) – Crítica heideggeriana da estrutura do ego transcendental
- Caron (2005:190-191 nota) – fenomenologia inacabada
- Caron (2005:712-713) – constituição do si mesmo
- Drummond (Husserl) – fundador da fenomenologia moderna
- Edith Stein (1987:Nota) – sur les Méditations cartésiennes
- Ernildo Stein (2012:33-35) – Lebenswelt enquanto antepredicativo
- Ernildo Stein (2012:35) – Lebenswelt e Urverdrängung (recalque)
- Ernildo Stein (2012:35-38) – Lebenswelt e significância (Bedeutsamkeit)
- Ernildo Stein (2015:86) – absoluto
- Franck (2014:11-13) – Descartes - o deslocamento que falsifica tudo
- GA14: questionar a "coisa ela mesma"
- GA17:200 – intencionalidade (Intentionalität)
- GA27:13-15 – filosofia é uma ciência absoluta?
- Hebeche (2005:317) – solipsismo metodológico
- Henry (2002b) – Direto às coisas elas mesmas
- Henry (2002b) – Tanto aparência, tanto ser
- Husserl (1954:369-370) – horizonte e linguagem
- Husserl (Crise) – a racionalidade das ciências exactas
- Husserl (Ideias:§24) – princípio de todos os princípios
- Husserl – A constituição operada pela consciência
- Husserl – A filosofia, ciência rigorosa
- Husserl – A história como gênese do sentido
- Husserl – A intencionalidade da consciência
- Husserl – A redução e o resíduo fenomenológico
- Husserl – Evidência e verdade
- Husserl – existência intencional de um objeto
- Husserl – fenomenologia é idealismo transcendental
- Husserl – Irredutibilidade das leis lógicas
- Husserl – O empirismo assenta num preconceito
- Husserl – O ideal do radicalismo
- Husserl – O problema do mundo da vida e as ciências objetivas
- Husserl – O sentido da história e a filosofia moderna
- Husserl – Objeto intencional e conteúdo imanente
- Husserl – Objeto intencional e objeto real
- Husserl – Os limites da redução cartesiana
- Husserl – Reflexão natural e reflexão transcendental
- Husserl – Relatividade das verdades
- Krell (1982) – síntese de "Consciência íntima do Tempo"
- LDMH: Sorge - Cura - Souci
- Marion (1998:§1) – intuição dadora originária
- Marion (1998:§1) – Tão aparecer, quão ser/estar
- Marion (1998:§1nota) – privilégio da dação
- Monticelli (1997:167) – Binswanger, recorre a Husserl e Heidegger
- Monticelli (1997:170-172) – “Da” de “Dasein”
- Sallis (1993:xi-xii) – Terra em Husserl
- Schürmann (1982:78) – Husserl privilegia a visão
- Schürmann (1982:78-79) – conceito husserliano de consciência aponta para a Vorhandenheit
- Schürmann (1982:79-80) – subjetividade = substrato e mônada
- Schürmann (1982:80-81) – status intuitivo do ser em Husserl
- SZ:47-48 – atos são executados, pessoa é executor-de-atos