User Tools

Site Tools


autores:byung-chul-han:byung-chul-han-2023-o-tedio

Byung-Chul Han (2023) – o tédio

Data: 2025-03-08 11:44

Também o tédio não é, para Heidegger, nenhum pássaro onírico que choca o ovo da experiência. Ele é interpretado, igualmente, como um apelo à ação. No tédio, assim como na angústia, o mundo escapa ao ser-aí; isto é, escapa-lhe o ente no todo. O ser-aí recai em um vazio paralisante. Todas as “possibilidades da ação e inação” são recusadas. Heidegger escuta nessa recusa (Versagen), porém, um dizer (Sagen): “O que indica neste recusar-se o ente que no todo se recusa? […] Justamente as possibilidades de sua [do ser-aí] ação e inação”1). A recusa é, simultaneamente, um “anúncio de possibilidades que se encontram a esmo”, do qual o ser humano deve se apoderar com determinação heroica. Do tédio parte um apelo penetrante de se decidir a “agir aqui e agora”. Esse decidir-se “por si mesmo”, ou seja, por ser alguém, é o “instante”2). (ByungVC)

1)
HEIDEGGER, M. Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011, p. 185.
2)
Ibid., p. 196.
/home/mccastro/public_html/fenomenologia/data/pages/autores/byung-chul-han/byung-chul-han-2023-o-tedio.txt · Last modified: by 127.0.0.1

Except where otherwise noted, content on this wiki is licensed under the following license: Public Domain
Public Domain Donate Powered by PHP Valid HTML5 Valid CSS Driven by DokuWiki