* A anterioridade da experiência pura à distinção entre eu e mundo, e a fundação da certeza no fenômeno da consciência
A experiência pura sendo anterior ao significado e ao julgamento, inexistindo, portanto, o eu e o mundo
O início de Nishida com a dúvida, questionando as suposições de qualquer tipo, assim como Descartes
A realização, após reflexão, de que a “existência independente da mente e da matéria é geralmente considerada um fato intuitivo, mas que claramente não é o caso”
A impossibilidade de conhecer as coisas separadas da consciência, e o único que se pode conhecer com certeza além de toda dúvida sendo os fenômenos da consciência, como experiência pura, “intuídos” sem inferência ou suposição
O corpo sendo também um fenômeno da consciência, pois “não é que a consciência esteja dentro do corpo, mas que o corpo está dentro da consciência”
A clarificação adicional por Nishida de que existem apenas fenômenos da consciência, e não fenômenos de matéria e mente, pois os “fenômenos materiais são abstrações de fenômenos da consciência que são comuns a todos nós e que possuem uma relação imutável uns com os outros”
* O surgimento das distinções de eu e mundo a partir da atividade unificadora da realidade
A existência de um fator ou princípio unificador por trás de toda a realidade
A tentativa contínua de Nishida de colocar seu entendimento do princípio unificador em linguagem rigorosa e precisa, discernível em todo o Investigar
A indicação, através da “intuição intelectual” ou de um “apreender da vida,” de como se chega a conhecer a existência deste princípio unificador
Este “conhecer” não sendo o conhecer do pensamento ordinário ou da percepção ordinária, sendo o princípio unificador só podendo ser conhecido tornando-se ele, ou apropriando-se dele
O princípio unificador sendo uma experiência pura que é anterior às distinções de mente e matéria, e assim por diante, mas que revela a fonte última de tudo o que é
A impossibilidade de o princípio unificador ser objetificado, pois, embora torne a objetividade possível, não pode ele mesmo ser objetificado
A única forma de o conhecer sendo intuitivamente, ou seja, diretamente
A resposta à pergunta do mestre Zen Dogen (que cita um antigo sábio chinês), “Como pensamos o que está além do alcance do pensar?,” sendo que “não o pensamos”
A instrução de deixar o eu pensante para trás e tornar-se o princípio unificador
A meditação sobre o princípio unificador, mas a não o pensar, nem lutar para não o pensar, permitindo que a experiência pura venha à tona sem o pensar
* O divino como manifestação do universo e a via do amor para o conhecimento da realidade
A rejeição por Nishida de uma noção “infantil” de Deus como um ser fora do universo
A afirmação de que “Deus é o unificador do universo,” pois o universo é a manifestação de Deus, em terminologia mais religiosa
O poder unificador estando dentro de cada um como uma expressão do poder unificador da realidade, dado que cada um é uma parte do universo como manifestação de Deus
A ênfase de Nishida de que o entendimento mais profundo da realidade é ganho não através do raciocínio ou da sensação, oferecendo um novo tipo de metafísica
O conhecimento da realidade sendo ganho intuitivamente em e através da experiência pura, sendo a sua solução radicalmente experiencial, nem racional nem empírica como dada pelos sentidos
A impossibilidade de o conhecimento ser postulado ou de ser apreendido através dos cinco sentidos, mas podendo ser apreendido intuitivamente como experiência pura
O conhecer o princípio unificador sendo o ser ele, e o ser ele sendo o vivê-lo
O viver o princípio unificador sendo o sentir a unidade de todas as coisas, o parentesco consigo mesmo com a unidade última, e o adquirir encerramento e alegria por ter satisfeito o desejo de compreender esta unidade última
Deus sendo o “maior e final unificador da nossa consciência; nossa consciência é uma parte da consciência de Deus e sua unidade provém da unidade de Deus”
O amor buscando a unidade, e o “amor é o conhecimento mais profundo das coisas”
O conhecimento analítico e o conhecimento inferencial sendo “superficiais,” e “não podem apreender a realidade”
A capacidade de alcançar a realidade somente através do amor, sendo o “amor a culminação do conhecimento”