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Kritik / kritisch / kritische / Kritiklosigkeit
Kritik / crítica / critique / kritisch / critique / crítico / critical / κρίνειν
Crítica vem do grego krinein, que significa «distinguir», «separar» e, desta forma, «realçar o particular». […] crítica significa fixação do que dá a norma, da regra, significa legislação e, ao mesmo tempo, tudo isso significa realce do geral perante o particular. […] A Crítica da Razão Pura, se crítica tem o sentido positivo já caracterizado, não quer, simplesmente, recusar e censurar a razão pura, «criticar», mas, pelo contrário, delimitar a sua essência decisiva, particular e, por isso, própria. Este traçar dos limites não é, em primeiro lugar, uma delimitação perante, mas um circunscrever, no sentido de uma apresentação da articulação interna da razão pura. Realçar os elementos constitutivos e as articulações entre os elementos da razão pura é um realçar das diversas possibilidades do uso da razão e das regras que correspondem a esse uso. Como Kant
Kant
Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou.
uma vez acentuou (A768, B796), a crítica fornece um cálculo completo do poder total da razão pura; desenha e esboça, de acordo com uma expressão de Kant
Kant
Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou.
, o «contorno» (BXXIII) da razão pura. A crítica torna-se, deste modo, a medição que traça os limites do domínio total da razão pura. Esta medição realiza-se, como Kant
Kant
Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou.
expressamente e repetidas vezes acentuou, não por meio de uma relação com «fatos», mas a partir de princípios; não pela fixação de propriedades encontradas algures, mas pela determinação da totalidade da essência da razão pura, a partir dos seus próprios princípios. Crítica é o projeto que avalia e traça os limites da razão pura. Por isso, pertence à crítica, como momento especial, o que Kant
Kant
Emmanuel Kant (Immanuel en allemand), 1724-1804, é um dos autores de predileção de H., um daqueles do qual mais falou.
chama o arquitectónico. (GA41
GA41
GA 41
GA XLI
GA41EN
GA41PT
GA41ES
GA41FR
Die Frage nach dem Ding. Zu Kants Lehre von den transzendentalen Grundsätzen (Wintersemester 1935/1936), ed. Petra Jaeger, 1984.
)
KRITIK E CORRELATOS
Matérias
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Schalow (FSIE) – Crítica de Scheler a Kant
11 de junho, por Cardoso de Castro
FSIE
A crítica mais concentrada de Scheler a Kant vem de um livro intitulado Formalismo em Ética e a Ética Material do Valor. O título do livro já é uma indicação de que Kant está sob escrutínio; e Heidegger indica, ao mesmo tempo, a abordagem da filosofia que Scheler oferecerá como alternativa. A expressão "abordagem da filosofia" é uma forma vaga de caracterizar como o terreno é preparado para desenvolver uma investigação sobre a natureza humana que seja suficientemente concreta para (…)
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Fragata (1962) – Fenomenologia e problema crítico
18 de março, por Cardoso de Castro
Júlio Fragata S. I. Professor da Faculdade de Filosofia de Braga
Problemas da Fenomenologia de Husserl Edições Livraria Cruz Braga 1962
1.— Posição do problema crítico — O problema crítico, relativo à objetividade do conhecimento humano, foi posto, com nitidez, a partir de Kant, mas surgiu através de uma evolução histórica, em que podemos distinguir três momentos fundamentais.
O primeiro equivale á questão: Onde está a verdade? Foi de todos os tempos e é a primeira preocupação (…)
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Ernildo Stein – A recepção crítica da fenomenologia na obra de Heidegger
18 de março, por Cardoso de Castro
Ernildo Stein, A questão do método na filosofia - um estudo do modelo heideggeriano
1 Na introdução de Ser e Tempo, que trata da exposição da questão do sentido do ser, após mostrar a meta da analítica ontológica do ser-aí e de apresentar a tarefa de uma destruição da historia da antologia, Heidegger desdobra o método de sua investigação.
Desde o início o autor previne contra a tentação que é aproximar da tradição filosófica a análise esboçada. Ainda que a "característica do objeto (…)
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Schérer (1971:23-32) – La critique du fondement psychologique dans les sciences de l’esprit
14 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
qu’entendons-nous par le mot « esprit » ? que voulons-nous dire lorsque nous affirmons que les sciences de l’homme exigent une communication « spirituelle » comme fondement ? le « comprendre » peut-il être détaché d’une participation affective dont rien ne nous indique qu’elle n’est pas une simple projection de nous-mêmes en autrui ?
Si la notion de Science de l’esprit doit être conservée, il est donc nécessaire qu’elle subisse elle-même une critique : qu’entendons-nous par le mot « (…)
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Schalow (FSIE) – Heidegger critica Scheler
11 de junho, por Cardoso de Castro
FSIE
Heidegger desenvolve sua crítica devastadora a Scheler na quarta seção do livro sobre Kant (GA3). O texto pivotal em questão vem de uma seção intitulada "Ideia da Antropologia Filosófica." Nessa seção, Heidegger critica Scheler por tentar basear a filosofia em uma compreensão da natureza humana. Uma compreensão da natureza humana, é claro, é classificada como antropologia. Assim, uma tentativa de enraizar a filosofia em uma visão da natureza humana constitui "antropologia filosófica." (…)
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Luijpen (1973:106-109) – Crítica da psicologia tradicional da percepção
19 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
Uma vez vista a unidade original da estrutura figura-horizonte, dada na percepção, compreende-se sem dificuldade que a explicação psicológica da percepção pelos adeptos da psicologia de elementos não faz justiça a esse fenômeno como ocorre realmente. Tais psicólogos admitem que a percepção é construída de sensações elementares, insulares e punctiformes, causadas por estímulos físico-químicos.
Esta explicação não abre perspectivas, visto que jamais se encontraram sensações elementares. Além (…)
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GA41: Significado «razão pura»
19 de fevereiro de 2017, por Cardoso de Castro
Extrato da tradução em português de Carlos Morujão
O eu, enquanto «eu penso» é, de ora em diante [após Descartes], o fundamento em que repousa toda a certeza e verdade. Mas, ao mesmo tempo, o pensamento, o enunciado, o logos, é o fio condutor das determinações do Ser, das categorias. Estas encontram-se tendo como fio condutor o «eu penso», tendo em vista o eu. Deste modo, o eu, devido a este significado fundamental para a fundamentação da totalidade do saber, torna-se a determinação (…)
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Barbaras (1991) – A crítica simétrica do intelectualismo e do realismo
31 de outubro, por Cardoso de Castro
* O propósito fundamental de Merleau-Ponty, explicitado na Introdução de *A estrutura do comportamento*, é o de compreender a relação intrínseca entre a Consciência e a natureza. * A psicologia, ao tentar conceber esta relação, encontra-se numa situação marcada pela justaposição de uma filosofia criticista que estabelece a natureza como uma unidade objetiva constituída diante da consciência, e de uma ciência que insere a consciência na natureza, concebendo a sua relação num modo causal. * (…)
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Polt – Heidegger critica a cibernética
11 de novembro de 2023, por Cardoso de Castro
Richard Polt. A Heideggerian Critique of Cyberbeing, in Hans Pedersen e Megan Altman (ed.), Horizons of Authenticity in Phenomenology, Existentialism, and Moral Psychology. Dordrecht: Springer, 2015
Ironically, the way to our own is blocked by our own attempt to bring everything under our own steering power. For cybernetics, “the basic feature of all calculable world processes is steering. The steering of one process by another is mediated by the transmission of a message, by information” (…)
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GA3:13-15 – conhecimento ontológico
28 de fevereiro de 2022, por Cardoso de Castro
Casanova
Kant faz com que o problema relativo à possibilidade da ontologia remonte à questão: “como são possíveis juízos sintéticos a priori?”. A interpretação dessa formulação do problema fornece a explicação para que a fundamentação da metafísica seja levada a cabo como uma crítica da razão pura. A pergunta acerca da possibilidade do conhecimento ontológico exige uma caracterização prévia desse conhecimento. Kant capta nesta formulação, em sintonia com a tradição, o conhecer como julgar. (…)
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Ortega (HG) – CRÍTICA À SOCIOLOGIA
5 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro
ORTEGA Y GASSET, José. O Homem e a Gente. Tr. J. Carlos Lisboa. Rio de Janeiro: Livro Ibero-americano, 1960, p. 51-55
O texto desta lição, na sua maior parte, corresponde à primeira das ministradas em Buenos Aires, em 1939, que foi publicada no livro ENSIMESMAMENTO E ALTERAÇÃO. MEDITAÇÃO DA TÉCNICA. Espasa-Calpe Argentina, Buenos Aires, 1939.
português
Trata-se do seguinte: falam os homens hoje, a toda hora, da lei e do direito, do estado, da nação e do internacional, da opinião (…)
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GA3:205-208 – §36 O fundamento estabelecido e o resultado da instauração kantiana do fundamento da metafísica.
16 de junho de 2016, por Cardoso de Castro
Minha versão do francês, "Kant et le problème de la métaphysique", trad. fran. A. Waelhens et W. Biemel, Gallimard, Paris, 1953
Português
Percorrendo as diversas etapas da instauração kantiana, descobrimos como esta alcançou finalmente à imaginação transcendental que se revela ser o fundamento da possibilidade intrínseca da síntese ontológica, quer dizer da transcendência. Quando se constatou este fundamento e o explicitou-se originalmente como temporalidade, tem-se verdadeiramente o (…)
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Arendt (LFPK:16-17) – as "críticas" de Kant
14 de outubro de 2021, por Cardoso de Castro
André Duarte de Macedo
[…] não estou querendo dizer que Kant, pelo breve tempo de vida que lhe restava, falhou em escrever a “quarta Crítica”, mas, antes, que a terceira Crítica, a Crítica do juízo — que, diferentemente da Crítica da razão prática, foi escrita espontaneamente e não, como a Crítica da razão prática, em resposta a observações críticas, questões e provocações — é na realidade o livro que, de um outro modo, viria a fazer falta no grande trabalho de Kant.
Concluído o ofício (…)
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GA22: diferença ontológica
31 de janeiro de 2023, por Cardoso de Castro
Germán Jiménez
“Crítico”: del verbo griego κρίνειν, «distinguir», «diferenciar». Al diferenciar algo de algo, se hacen visibles ambos: lo diferenciado y su diferencia. Diferenciar un triángulo y un cuadrado, un mamífero y un pájaro, la epopeya y el drama, el sustantivo y el verbo, un ente de otro ente. Toda ciencia diferencia constantemente y, por tanto, determina lo diferenciado.
[22] Así, pues, si la filosofía es una ciencia crítica de tal modo que «crítica» constituye su rasgo (…)
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Carneiro Leão – crítica
18 de março, por Cardoso de Castro
Excertos do livro "Aprendendo a Pensar", Tomo I.
Da palavra Crítica , geralmente só costumamos ouvir os acentos negativos. Toda atividade de crítica , criticar e fazer crítica é logo entendida no sentido de corrigir: constatar e suprir erros e deficiências. É esse sentido de nosso modo comum de ouvir a palavra que temos de afastar do primeiro plano da Crítica Literária. Pois não corresponde nem ao significado etimológico nem à origem histórica da palavra nem tampouco à vigência, isto é, (…)
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GA41: Estrutura da Obra
9 de fevereiro de 2017, por Cardoso de Castro
Tradução portuguesa de Carlos Morujão
PARTE PREPARATÓRIA - Os diferentes modos de perguntar pela coisa
§1 — O questionar filosófico e científico
§2 — Os múltiplos sentidos em que se fala acerca de uma coisa
§3 — A especificidade da questão acerca da coisalidade, em face dos métodos científicos e técnicos
§4 — Experiência quotidiana e experiência científica da coisa; a questão da sua verdade
§5 — Singularidade e «istidade». Espaço e tempo como determinações da coisa
§6 — A (…)
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Schérer (1971:116-125) – Justification et critique de la philosophie de Binswanger : la Wirheit par-delà l’individu
14 de junho de 2023, por Cardoso de Castro
Ces deux thèmes, celui d’une réinterprétation des concepts psychanalytiques dans le cadre d’une phénoménologie ontologique, celui d’une modification de la pratique par une philosophie de la communication, commandent l’interprétation par Binswanger de la psychanalyse et de sa méthode.
« Il ne s’agit pas, écrit Binswanger, entre Heidegger et moi, d’une simple différence d’opinion, mais d’une différence ontologique » (o. c, p. 41). La nature et la [117] possibilité essentielle du Dasein sont (…)
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Dreyfus (1991) – Reflexão crítica
19 de novembro de 2024, por Cardoso de Castro
1. Explicitness. Western thinkers from Socrates to Kant to Jürgen Habermas have assumed that we know and act by applying principles and have concluded that we should get clear about these presuppositions so that we can gain enlightened control of our lives. Heidegger questions both the possibility and the desirability of making our everyday understanding totally explicit. He introduces the idea that the shared everyday skills, discriminations, and practices into which we are socialized (…)
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Être et temps : § 76. L’origine existentiale de l’enquête historique à partir de l’historialité du Dasein.
17 de julho de 2014, por Cardoso de Castro
Vérsions hors-commerce:
MARTIN HEIDEGGER, Être et temps, traduction par Emmanuel Martineau. ÉDITION NUMÉRIQUE HORS-COMMERCE
HEIDEGGER, Martin. L’Être et le temps. Tr. Jacques Auxenfants. (ebook-pdf)
Que l’enquête historique, comme toute science, soit à chaque fois et facticement « dépendante », en tant que mode d’être du Dasein, de la « conception du monde dominante », il n’est pas besoin d’y insister. Néanmoins, par-delà ce fait, il est nécessaire de s’enquérir de la possibilité (…)
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Ortega (HG) – CRÍTICA À SOCIOLOGIA
5 de novembro de 2021, por Cardoso de Castro
[tabby title="português"]
Trata-se do seguinte: falam os homens hoje, a toda hora, da lei e do direito, do estado, da nação e do internacional, da opinião pública e do poder público, da política boa e da má, de pacifismo e belicismo, da pátria e da humanidade, de justiça e injustiça social, de coletivismo e capitalismo, de socialização e de liberalismo, de autoritarismo, de indivíduo e de coletividade, etc., etc. E não somente falam no jornal, na tertúlia, no café, na taberna, mas, além de (…)