Fenomenologia, Existencialismo e Daseinsanálise

Às coisas, elas mesmas

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Sheehan (2018:44) – a ex-sistência é o mundo do sentido

terça-feira 20 de fevereiro de 2024

tradução

2. A EX-SISTÊNCIA É O MUNDO DO SENTIDO

2.1 A ex-sistência é transcendente, lançada à frente como o campo do significado possível — aquilo a que Heidegger chamou o Aberto, a clareira, o mundo social e linguístico doador de significado, o nada, o Urphänomen (GA 14 GA14
GA 14
GA XIV
IFPCM
TB
GA14JS
GA14ES
ZS
CaminhoFenomenologia
ENDPHILO
Zur Sache Denkens (1962-1964) [2007]
: 81.13), e por vezes Seyn.

2.2 Enquanto Aberto, a ex-sistência é ἀλήθεια-primal ou λόγος-primal, o domínio da inteligibilidade possível a que SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
chamou Rede (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
349.32). Esta estrutura existencial torna-nos existencialmente capazes de

2.2.1 "desvendar as coisas", ou seja, dar sentido a elas (ἀλήθεια-2 ou λόγος-2); e

2.2.2 "desvendá-las corretamente", ou seja, fazer afirmações verdadeiras sobre elas (ἀλήθεια-3 ou λόγος-3).

2.3 O termo técnico "ser-no-mundo" pode ser interpretado erroneamente como significando que a ex-sistência está meramente "no" espaço e tempo "dentro" do universo material. Mas para Heidegger, "no" indica familiaridade com, e "mundo" denota significado (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
87.19-20). Enquanto ex-sistentes, estamos estruturalmente familiarizados com o significado enquanto tal (Bedeutsamkeit), bem como com uma gama de possíveis significados (Bedeutungen) que se podem aplicar ao que encontramos.

2.4 Para Heidegger, o significado surge em conjuntos, isto é, em contextos ou "mundos" (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
65.5-6, 68.24-25) que são (1) existencialmente possibilitados pela abertura da existência, (2) existenciariamente moldados pelos interesses [45] e preocupações de cada um que, por sua vez, (3) moldam existenciariamente os significados das coisas dentro desse contexto. Por exemplo, dependendo do contexto, uma pedra pode tornar-se num prático peso-de-papéis, numa marreta alternativa ou numa arma letal.

2.5 Os mundos de sentido de uma pessoa passam geralmente despercebidos, mas podem tornar-se temáticos quando um objetivo é frustrado ou uma ferramenta se avaria, e podem ser tornados temáticos através da reflexão, por exemplo, numa redução fenomenológica.

2.6 Uma vez que a ex-sistência é o mundo-do-sentido (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
364.34; GA9 GA9
Wegmarken
GA9PT
GA9ES
GA9EN
CartaH
Wegmarken (1919–1961), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1996
: 154.18-19) e uma vez que o mundo-do-sentido é o Aberto (GA 9: 326.15-16), não há necessidade de uma "relação" que atravessaria um "fosso" entre a ex-sistência, por um lado, e o Aberto, por outro. A chamada "relação" é o próprio Aberto; e a ex-sistência é essa mesma "relação".

Der Bezug ist jedoch nicht zwischen das Seyn und den Menschen eingespannt …. Der Bezug ist das Seyn selbst, und das Menschenwesen ist der selbe Bezug. (GA73 GA73
GA 73
GA LXXIII
GA73T1
GA73T2
Zum Ereignis-Denken [2013]
.1: 790.5-8)

original

2. EX-SISTENCE IS THE WORLD-OF-MEANING

2.1 Ex-sistence is transcendent, thrown ahead as the field of possible meaning—what Heidegger called the Open, the clearing, the social and linguistic meaning-giving-world, the nothing, the Urphänomen (GA 14 GA14
GA 14
GA XIV
IFPCM
TB
GA14JS
GA14ES
ZS
CaminhoFenomenologia
ENDPHILO
Zur Sache Denkens (1962-1964) [2007]
: 81.13), and sometimes Seyn.

2.2 As the Open, ex-sistence is ἀλήθεια-prime or λόγος-prime, the realm of possible intelligibility that SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
called Rede (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
STJR
BTJS
ETFV
STJG
ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
349.32). This existential structure makes us existentielly able to

2.2.1 “open things up,” that is, make sense of them (ἀλήθεια-2 or λόγος-2); and

2.2.2 “open them up correctly,” that is, make true statements about them (ἀλήθεια-3 or λόγος-3).

2.3 The technical term “being-in-the world” could be misread as meaning that ex-sistence is merely “in” space and time “within” the material universe. But for Heidegger, “in” indicates familiarity with, and “world” denotes meaningfulness (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
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S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
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BTJS
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ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
87.19-20). As ex-sistent we are structurally familiar with meaningfulness as such (Bedeutsamkeit) as well as a range of possible meanings (Bedeutungen) that might apply to what we encounter.

2.4 For Heidegger, meaning comes in wholes, that is, contexts or “worlds” (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
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S.u.Z.
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Being and Time
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Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
65.5-6, 68.24-25) that are (1) existentially made possible by ex-sistence’s thrown-openness, (2) existentielly shaped by one’s interests [45] and concerns which in turn (3) existentiell shape the meanings of things within that context. For example, depending on the context, a stone might become a handy paperweight, an ersatz mallet, or a lethal weapon.

2.5 One’s worlds-of-meaning usually go unnoticed, but they can become thematic when a purpose is thwarted or a tool breaks down, and they can be made thematic by reflection, for example, in a phenomenological reduction.

2.6 Since ex-sistence is the world-of-meaning (SZ GA2
Sein und Zeit
SZ
SuZ
S.u.Z.
Être et temps
Ser e Tempo
Being and Time
Ser y Tiempo
EtreTemps
STMS
STFC
BTMR
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ETFV
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ETJA
ETEM
Sein und Zeit (1927), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1977, XIV, 586p. Revised 2018. [GA2] / Sein und Zeit (1927), Tübingen, Max Niemeyer, 1967. / Sein und Zeit. Tübingen : Max Niemeyer Verlag, 1972
364.34; GA9 GA9
Wegmarken
GA9PT
GA9ES
GA9EN
CartaH
Wegmarken (1919–1961), ed. Friedrich-Wilhelm von Herrmann, 1. Auflage 1976. 2., durchgesehene Auflage 1996
: 154.18-19) and since the world-of-meaning is the Open (GA 9: 326.15-16), there is no need of a “relation” that would span a “gap GA22
CFFA
GA 22
GA XXII
GAP
CFPA
BCAP
GA22RR
GA22GJ
GA22AB
GA22J
Grundbegriffe der antiken Philosophie (SS 1926) [1993] — Conceitos fundamentais da Filosofia Antiga — Traducción de Germán Jiménez, Buenos Aires, Waldhuter, 2014 — Translated by Richard Rojcewicz, Bloomington, Indiana University Press, 2008.
” between ex-sistence on the one side and the Open on the other. The so-called “relation” is the Open itself; and ex-sistence is this very “relation.”

Der Bezug ist jedoch nicht zwischen das Seyn und den Menschen eingespannt …. Der Bezug ist das Seyn selbst, und das Menschenwesen ist der selbe Bezug. (GA73 GA73
GA 73
GA LXXIII
GA73T1
GA73T2
Zum Ereignis-Denken [2013]
.1: 790.5-8)

[Thomas Sheehan Sheehan
Thomas Sheehan
THOMAS SHEEHAN (1941)
, "But What Comes Before the "After"?", in FRIED, G.; POLT Polt
Richard Polt
POLT, Richard
, R. (eds.). After Heidegger? London ; New York: Rowman & Littlefield International, 2018]


Ver online : Thomas Sheehan