* A aspiração japonesa pela união com as coisas e eventos e a metodologia para a sua realização * A conclusão de Nishida de que o que o povo japonês "anela fortemente" é tornar-se uno com as coisas e eventos: "é tornar-se uno naquele ponto primal em que não há nem eu nem outros" * A exigência de anular o eu e tornar-se a coisa mesma para alcançar esta unidade: "esvaziar o eu e ver as coisas, para o eu ser imerso nas coisas, ’sem mente’ (no-mindedness)" * O poeta de *haicai* que (…)
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Kyoto / Escola de Kyoto
Nishida Kitarô (1870-1945) et Tanabe Hajime (1885-1962), les pères fondateurs de l’École de Kyoto
Matérias
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Carter (2013) – Nishida: tornar-se a coisa ela mesma
30 de outubro, por Cardoso de Castro -
O Nada e a Escola de Kyoto
19 de maio, por Cardoso de CastroSavianiOH
Refletindo sobre a noção multifacetada de vacuidade ou insubstancialidade (jap. kū), central na especulação budista do Madhyamaka, que remonta ao pensador indiano Nāgārjuna (séc. II d.C.) (sâns. śūnyatā), bem como na tradição taoísta e budista ch’an chinesa (chin. wu), os pensadores de Kyoto buscaram desenvolver uma verdadeira "meontologia". Nela, o "Nada" (jap. mu)—a "Nada absoluta" de Nishida, a "Mediação absoluta" de Tanabe, o "Si mesmo sem forma" de Hisamatsu, a "Vacuidade" (…) -
Si e mundo (Nishida)
15 de maio, por Cardoso de CastroKyoto2013
A experiência pura é o alicerce da filosofia de Nishida, mas a partir dela ele desenvolve uma visão completa do eu humano e do mundo. O "recorte" que James descreve nos oferece um mundo de coisas, mas é Nishida, não James, quem retorna às origens para esclarecer a relação entre o eu e o mundo com a Unidade original de tudo. O Ocidente religioso começa com a narrativa bíblica do Jardim do Éden. As diversas interpretações dessa história enfatizam que Adão e Eva desobedeceram ao (…) -
Thomas P. Kasulis (2013) – Nishitani Keiji
7 de novembro de 2024, por Cardoso de CastroNishitani Keiji. Como aluno de Nishida e membro da segunda geração da Escola de Kyoto, Nishitani não estava mais limitado pelos limites retóricos que seu mestre havia imposto à sua própria escrita. Graças aos esforços de Nishida, ninguém mais questionava se a “filosofia” poderia ser escrita em japonês. Portanto, tanto em questões de estilo quanto de conteúdo, Nishitani pôde encontrar sua própria voz, talvez seguindo algumas dicas de seu mentor alemão, Martin Heidegger. De fato, a transição (…)
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Carter (2013) – Nishitani: Nietzsche e Niilismo
30 de outubro, por Cardoso de Castro## A Experiência do Niilismo Europeu e o Caminho de Superação de Nishitani
* A experiência pessoal do niilismo europeu e o colapso do fundamento metafísico * A experiência pessoal da "moléstia do niilismo europeu" por Nishitani, surgida do "rápido colapso" da filosofia metafísica tradicional e da "morte de Deus," conforme anunciada por Nietzsche * A totalidade da visão de mundo que nutria a vida espiritual da Europa por mais de dois mil anos sendo lançada em questão de uma só vez (…) -
Carter (2013) – Nishida: a lugar da dúvida
30 de outubro, por Cardoso de Castro* A anterioridade da experiência pura à distinção entre eu e mundo, e a fundação da certeza no fenômeno da consciência * A experiência pura sendo anterior ao significado e ao julgamento, inexistindo, portanto, o eu e o mundo * O início de Nishida com a dúvida, questionando as suposições de qualquer tipo, assim como Descartes * A realização, após reflexão, de que a "existência independente da mente e da matéria é geralmente considerada um fato intuitivo, mas que claramente não é o (…)
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Dúvida, em Nishida
15 de maio, por Cardoso de CastroKyoto2013
Como a experiência pura é anterior ao significado e ao julgamento, ainda não há um eu nem um mundo. Como, então, essas distinções surgem, e podem ser confiáveis? Como Descartes, Nishida começa com a dúvida, questionando pressupostos de qualquer tipo: "A existência independente da mente e da matéria é geralmente considerada um fato intuitivo, mas, ao refletir, percebemos que claramente não é o caso." Não podemos conhecer as coisas separadas de nossa consciência. Tudo o que podemos (…) -
Carter (2013) – Nishida: a experiência pura como fundamento
30 de outubro, por Cardoso de Castro* A experiência pura como fundamento da metafísica de Nishida e a identidade do poder unificador no sujeito e no cosmos * A experiência pura sendo o alicerce da metafísica de Nishida, seu relato mais sistemático da realidade, caracterizada como uma unidade que pode ser complexa, sempre ocorrendo no presente e podendo estender-se como uma unidade por um lapso de tempo * A natureza da experiência pura sendo anterior à distinção sujeito/objeto e à divisão da consciência nos aspectos de (…)
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John C. Maraldo (2020) – Filosofia de Nishida
30 de outubro, por Cardoso de CastroA filosofia madura de Nishida Kitarō centrou-se na questão de saber se existe um contexto último que engloba não apenas os termos em que conceptualizamos o mundo, mas também tudo e todos os seres, incluindo o próprio mundo, uma questão que o levou a desenvolver a noção de "o lugar do nada absoluto" (*zettai mu no basho*) como a base subjacente a todas as distinções e o contexto que contextualiza todos os fundamentos. - A sua filosofia, profundamente influenciada pelo pensamento budista (…)
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Fujita Masakatsu (2020) – O Problema Central do Pensamento de Nishida Kitarō
30 de outubro, por Cardoso de CastroO problema central e fundamental do pensamento de Nishida Kitarō (1870–1945), que se estende desde a publicação do seu livro seminal *An Inquiry into the Good* (1911) até sua morte, foi a busca por um ponto de vista imediato e concreto que precede a separação de sujeito e objeto, e a questão de como conceber filosoficamente este fundamento para apreendê-lo e, a partir dele, a totalidade dos assuntos.
Apesar das transformações em seu pensamento – de "experiência pura" para "vontade (…) -
Se tornar um com as coisas e os eventos, em Nishida
15 de maio, por Cardoso de CastroKyoto2013
Os aspectos teóricos da filosofia de Nishida assumem um resultado mais concreto quando aplicados à vida cotidiana. Ele conclui que o que o povo japonês "deseja fortemente" é se tornar um com as coisas e os eventos: "é se tornar um naquele ponto primordial em que não há nem eu nem outros." O que é necessário para alcançar essa unidade é negar o eu e se tornar a própria coisa: "esvaziar o eu e ver as coisas, para que o eu se imerja nas coisas, ’mente vazia’." O poeta de haiku que (…) -
Autoconsciência [self-awareness] (Nishida)
17 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroHeisig2001
O uso do termo "autoconsciência" (self-awareness) para apontar algo distinto do que a filosofia ocidental chama de "autoconsciência" (self-consciousness) só gradualmente ganhou força nos escritos de Nishida. Pode-se dizer que foi uma função da mudança de foco da experiência em geral para a busca do que ele chamou de "um ponto de vista do eu" — uma forma de desabsolutizar a subjetividade ordinária do ego. Essa mudança não estava de forma alguma completa quando ele terminou (…) -
Carter (2013) – Nishida: a experiência pura
30 de outubro, por Cardoso de Castro* A fundação da filosofia na experiência, em vez da teoria abstrata, e os conceitos seminais para a obra de Nishida * A leitura por Nishida de Varieties of Religious Experience, de William James, em 1904, encontrando-o um trabalho "profundo e delicioso" * A aquisição de Nishida do termo "experiência pura" de James, e a insistência de James em fundamentar a filosofia na experiência, em vez da teoria abstrata * Os *insights* fornecendo a Nishida os conceitos seminais para sua obra (…)
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Kopf (2001:Intro) – identidade
11 de janeiro de 2024, por Cardoso de Castrodestaque
De certa forma, a teoria da identidade pessoal emerge da tentativa de explicar e conceitualizar o sentido de continuidade característico da situação existencial do "eu" experiencial. Despertando para si mesmo, o "eu" experiencial, ou seja, o agente autoconsciente, vê-se atirado, como diria Martin Heidegger, para uma situação e um contexto particulares de historicidade. Para dar um exemplo, todas as manhãs acordo sabendo quem sou, quem são os meus familiares, colegas e amigos, qual (…) -
O Absoluto como vontade (Nishida)
17 de dezembro de 2024, por Cardoso de CastroHeisig2001
Mesmo antes de Uma Investigação sobre o Bem ser concluído, Nishida já havia se interessado pelos neokantianos, começando pelos pensadores de Freiburg, Windelband e Rickert. Inicialmente, ele via neles — e também em Husserl — aliados na tentativa de "discutir a questão dos valores teóricos exclusivamente do ponto de vista da experiência pura". Na verdade, isso não passava de um palpite educado de sua parte sobre essa grande corrente da filosofia europeia contemporânea, e acabou (…) -
Heidegger e a Escola de Kyoto
19 de maio, por Cardoso de CastroSavianiOH
Como mencionamos, surgida nos anos 1920 com Kitarō Nishida (1870-1945) e desenvolvida até os dias atuais ao longo de quatro gerações de pensadores, a escola de pensamento florescida na Universidade Imperial de Quioto representa uma das tentativas mais interessantes de estabelecer um diálogo e uma síntese entre o pensamento ocidental e oriental. Em particular, desde K. Nishida e Hajime Tanabe (1885-1962) até Hōseki Shinichi Hisamatsu (1889-1980) e Keiji Nishitani (1900-1990), (…) -
Nada Absoluto (Nishida)
15 de maio, por Cardoso de CastroKyoto2013
As Obras Completas de Nishida (Nishida Kitarō Zenshu) constituem dezenove volumes escritos ao longo de mais de cinquenta anos. Por mais influente e inovadora que tenha sido a publicação da Investigation, ele continuou a explorar diferentes abordagens para formular sua busca inicial por uma realidade última a ser encontrada antes, abaixo ou além do dualismo entre sujeito e objeto e de todas as outras distinções intelectuais. A Investigation havia estabelecido psicologicamente a (…) -
Experiência pura, base da metafísica de Nishida
15 de maio, por Cardoso de CastroKyoto2013
A experiência pura é, portanto, a base da metafísica de Nishida, sua explicação mais sistemática da realidade. Já vimos que a experiência pura é sempre uma unidade, que pode ser complexa e que, embora sempre ocorra no presente, pode se estender como uma unidade ao longo de um período de tempo. Ela é anterior à distinção sujeito/objeto e à divisão da consciência nos aspectos de conhecer, sentir e querer. Embora essa unidade seja uma unidade de experiência consciente, ela é, (…) -
Carter (2013) – Nishida: Nada Absoluto
30 de outubro, por Cardoso de Castro* A busca de Nishida pela realidade última e o desenvolvimento do conceito de "nada absoluto" * A busca inicial de Nishida por uma realidade última a ser encontrada antes, por baixo ou por detrás do dualismo de sujeito e objeto e de todas as outras distinções intelectuais * O *Inquirir* tendo estabelecido a primazia psicológica da experiência e do eu que a capta * A tentativa de Nishida de desenvolver um quadro mais completo da própria realidade e diminuir a dependência da (…)